Os essenciais

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O site Educar para Crescer, da Editora Abril, fez uma lista dos 100 livros que consideram essenciais para qualquer pessoa. Entre os autores estão os consagrados Dostoievski, Shakespeare, Victor Hugo e brasileiros como Machado de Assis. É uma lista bem eclética, composta quase completamente por clássicos da literatura mundial. Não apenas a lista, o site também acrescenta uma pequena resenha de cada obra para que o leitor possa se situar. Existe ainda a possibilidade de ler uma resenha mais extensa e completa.

É uma boa dica de indicações de leitura.



Obs.: Eu já li 12 desses. É, tem muito chão ainda para mim.

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Gray Friday

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Black Friday (Sexta-Feira Preta) é um evento típico da cultura norte americana – mais precisamente dos Estados Unidos – que tem por objetivo limpar os estoques das lojas antes da correria das compras de Natal, com as quais eles lucrarão ainda mais. Para isso, os lojistas colocam descontos absurdamente altos em seus produtos, fazendo-os custarem absurdamente pouco para que os consumidores comprem absurdamente muito. O nome é uma brincadeira: na Black Friday as pessoas ultrapassam o vermelho e ficam no preto, de tanto que gastam.

Este ano algumas lojas brasileiras se propuseram a espelhar o evento por aqui. Mas eu eles não entenderam muito bem o espírito da coisa. Ao invés de darem descontos estrondosos, aumentaram o preço de seus produtos a valores exorbitantes e deram descontos realmente altos a eles – depois de remarcados, claro. Com isso, o preço dos produtos não caiu coisa nenhuma: a etiqueta “%” apenas ludibriou os consumidores mais impressionáveis. Prova disso é que um iPad, que antes custava cerca de R$1.400,00, passou a custar mais ou menos... R$1.400,00. Isso para citar apenas um exemplo.

Não vejo como os lojistas poderiam perder respeitando as regras desse jogo. Afinal, eles teriam conseguido repetir o sucesso das lojas estrangeiras, limpando seus estoques para dar lugares a produtos novos, que com certeza seriam liquidados na temporada de presentes de dezembro. Talvez tivessem vendido até mais do que conseguiram na (pseudo) Black Friday brasileira, já que todos os índices indicam que a nossa economia anda muito bem.

O que deveria ter sido um evento proveitoso tanto para consumidores quanto para lojistas acabou sendo um evento deturpado por aproveitadores e frustrante para quem sabia do que se tratava e esperava muito mais. O que foi um sucesso no resto do mundo não passou de um eventinho mixuruca por aqui. É uma pena. Quem sabe na próxima?


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Novas profissões

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Com a evolução do mundo também evolui o mercado de trabalho. A cada dia, novas profissões, antes inimagináveis, surgem e ocupam o seu lugar. Há alguns anos, a profissão de empregada doméstica foi regulamentada. Até aí tudo bem. Era uma profissão que existia, da qual muita gente sempre precisou e contratou, mas ninguém nunca tinha pensado que poderia ser regulamentada.

Mas foi. Em seguida, para espanto e polêmica geral, foi a vez das prostitutas. Agora, os profissionais do sexo têm direito a tudo o que os outros trabalhadores com carteira assinada já tinham.

Nesta quinta-feira (17 de novembro), a Câmara resolveu aprovar mais uma profissão. Duas na verdade: a de catador e a de reciclador. Esses também são árduos trabalhadores que já fazem parte do cenário de qualquer cidade grande pelo menos, não era de se estranhar que um dia acabassem ganhando os direitos trabalhistas também.

Mas regulamentar os tradutores, nada, né? Ninguém nem toca no assunto. Parece tabu: se alguém toca no assunto, do outro lado da sala alguém finge uma tosse e muda de assunto. Por quê?

Há quem diga que a profissão de prostituta é a mais antiga do mundo; oras, mas desde que decidiram derrubar a tal da torre de Babel, o tradutor sempre foi necessário. Nunca houve um tempo em que a profissão fosse dispensável, e uma má tradução poderia enganar, matar, provocar revoluções e guerras mundo a fora. Ninguém nega que não poderia viver sem um tradutor, mas ninguém reconhece o seu valor. Se por um lado ignora-se a existência do tradutor, por outro, faz-se vista grossa sobre o fato de haver um número incomensurável deles no mercado – tanto profissionais quanto.

Também existem aqueles tradutores que são contra a legalização da profissão; esses temem por seus empregos. Eu, sinceramente, não acho que a coisa ia mudar tanto. Quem é bom tradutor, mesmo não tendo qualificações na área, continuaria com seu trabalho. Quem não é, teria que correr atrás para se tornar um. Ué, nada mais justo, não? Os médicos, advogados e engenheiros, entre tantas outras profissões, têm que fazer isso; por que os tradutores não?

A falta de legalização do tradutor (bem como de outros profissionais da área, como o intérprete, o revisor, o legendador) da margem a exploradores, como boa parte das agências de tradução, que pagam valores exorbitantemente baixos para que alguém possa se manter dignamente sem se matar trabalhando. Também abre brecha para inexperientes entrarem e saírem do mercado quando bem entendem, para fazer um “bico” e, assim, desvalorizar o trabalho daqueles que tem essa como uma profissão séria e fonte de seu sustento. Onde há vantagem na não regulamentação da profissão? Desculpa, mas não consigo ver pró nenhum nessa marginalização.

Veja bem, não estou aqui querendo menosprezar as outras profissões citadas; muito pelo contrário. Na verdade, o que quero mostrar é que a profissão de tradutor é tão digna quanto as outras, exige tanto empenho e dedicação quanto as demais, e merece tanto quanto o respeito e os direitos já concedidos a outras classes trabalhistas.

Há incautos que pensam que o trabalho é fácil. Agora, com o advento do Google Translator, essa é o argumento desses leigos. Enfim, fazer o quê? Também tem gente que acha que Portugal descobriu o Brasil e que a bandeira dos EUA poderia ondular na Lua (no vácuo)!

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Fragilidade

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Num dia quente de sol, à beira da piscina, ou num dia extremamente estressante, daqueles que você tem vontade de pular no pescoço de alguém, não é possível se dar conta da fragilidade das coisas. No momento em que estamos estudando na carteira ao lado daquele colega de classe, ou rindo com ele nos intervalos de aulas, não notamos a importância que ele tem, ou como ele pode se afastar de repente. Premeditadamente ou não.

Para usar de um jargão, a vida é engraçada. A gente nunca sabe quando vai deixá-la. Nem quando vão deixá-la.

Neste feriado de 15 de novembro com grande pesar recebi uma notícia aterradora, daquelas em que a gente demora horas, dias para acreditar. Uma colega de classe do Ensino Médio, com quem convivi por pelo menos quatro anos de minha vida, faleceu prematuramente demais. Ela era apenas dois meses mais velha que eu. Não soube ao certo a causa da morte, mas aparentemente ela foi internada em um dia, pegou uma infecção hospitalar, e faleceu no dia seguinte.

A notícia me chocou mais do que eu esperava. Até agora ainda me parece estranho alguém, da minha idade, morrer assim, tão de repente. Também a notícia serviu para reunir os colegas daquela época, sobre um tema tão soturno. A perda de uma colega tão viva quanto ela parece ter abalado a todos.

É difícil até saber em que pensar nessas horas. A gente fica completamente sem reação. E se fosse a gente? Esse assunto é bem complicado.

Por fim, sentiremos a falta dessa colega (não vou dizer o nome dela aqui, não acho ético – mesmo porque não faz diferença para a maioria dos leitores deste blog, que provavelmente não a conheceram). Guardo muitas lembranças boas ao lado dela, e acho que todos os que tiveram a oportunidade de conhecê-la têm a mesma sensação que eu. É uma pena que não poderemos criar mais momentos assim a partir de agora, mas foi muito bom tê-la conhecido e ter alguém como ela passado por nossas vidas.


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Economia hipócrita

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Venho ouvindo dizer em tudo quanto é noticiário que o governo quer implantar um novo imposto para arrecadar fundos para financiamento da Saúde, mas que o Senado tem derrubado a proposta diversas vezes. O argumento do governo é que ainda falta fontes para essa arrecadação. Mesmo diante da votação honesta (há controvérsias, mas enfim...) em Senado, o governo insiste na intenção de colocar em vigor esse tal de novo imposto. Ou seja: democracia é só para brasileiro ver mesmo, né?

Em entrevista ao jornal Estadão, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (coincidentemente do PT, aquele partido que não é muito afeito a seguir regras ou respeitar seus próprios eleitores ou ao povo a quem serve), confirmou essa intenção do governo. Mesmo com a maioria do Senado contra a medida.

Agora, se a idéia é gerar receita e economizar, porque a primeira coisa que se pensa é em “como ganhar mais”? Porque nunca se pensa em “como gastar menos”? Não sei, mas para mim isso parece óbvio: é muito mais fácil você identificar formas de gastar menos do que formas de ganhar mais. Além disso, essa é a dica de qualquer bom economista que se preze. Sem contar, que é a medida adotada por todos os outros brasileiros. Mas parece que a dica dos economistas nunca está à altura do governo.

O gasto mais absurdo (sem contar pela sua exorbitância) que o governo tem é o tal do auxílio terno, que serve para arcar com as despesas dos políticos com vestimentas e tudo o mais que eles precisam para ir ao trabalho (que deveria ser cinco dias por semana, como todo bom brasileiro, mas a maioria ñ vai nem três). Nunca ouvi falar desse benefício para nenhuma outra função trabalhista, e posto que os cargos públicos sejam funções trabalhistas como outra qualquer, é um benefício absurdo e desnecessário – mesmo porque, os salários que os políticos ganham são suficientes para manter seu alto padrão de vida e seus ternos (lembrando que eles têm mais salários anuais do que o restante da população). Tai uma boa maneira de começar a cortar gastos.

Outra coisa: pra quê tanto ministro? Já dizia o ditado: amigos, amigos; negócios a parte. Então, nada mais justo deixar amigos, parentes e afins fora desses cargos. Se eles quiserem, que conquistem o cargo por mérito – como todo mundo tem que fazer em outras profissões para evoluir. Mais uma boa redução para os gastos do governo.

Quer outra dica: punição de verdade para corrupto. E punição dura e humilhante, porque do jeito que está, é leve demais para o pessoal “esperto” entender. Se não fosse pela desonestidade dessas pessoas, com certeza o governo teria muito - mas muito! – dinheiro para investir no Brasil e praticamente equipará-lo aos países ditos de primeiro mundo. Porque tecnologia, mão de obra e capacidade para isso nós temos. O que não temos e um número suficiente de pessoas com caráter desejável nos cargos políticos.

E eu acredito que tenho todo o direito de dar pitaco sobre a incapacidade do governo de administrar bem sua receita e seus funcionários (porque é isso que os políticos são, apesar de serem arrogantes de mais para enxergar ou admitir); afinal de contas, é do meu bolso, inclusive, que sai esse dinheiro mal administrado. Não sou contra pagar impostos, de forma alguma. Mas a coisa funciona mais ou menos como num comércio: o cliente paga para ter algo em troca. Se ele não tem esse algo pelo qual pagou, tem todo o direito de reclamar. Quem paga imposto é, de certa forma, esse cliente, e se não há retorno para seu investimento, ele tem mais é que cobrar mesmo. O Brasil não precisa de mais dinheiro; precisa é de um bom administrador.

Veja bem: só neste post foram três sugestões de como aumentar a receita do país. E olha que eu nem sou expert no assunto, hein?

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Cultura e crepes

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Poucos são os lugares que valorizam a cultura hoje. Exatamente por isso, que tem a coragem de fazê-lo usa esse argumento como estandarte para se promover. E tem todo o direito de fazer isso.

O senso comum leva a crer que valorizar a cultura é tarefa exclusiva de livrarias ou casas de shows. Ou - pior ainda - do governo. Não tiro a responsabilidade da tarefa a esses órgãos. Aliás, digo mais: é obrigação do governo, sim, mas não das livrarias; estas o fazem porque bem entendem. Mesmo porque, não são todas que o fazem. A Livraria Cultura talvez seja a que mais se preocupa com esse tipo de coisa, mas a Livraria Saraiva e a Fnac não ficam atrás. Em cidades maiores, como as capitais, é óbvio que o movimento é muito maior do que o observado em Campinas, mas todas elas se engajam como podem nessa missão.

No passado saraus eram a moda para se cultuar a cultura. As pessoas interessadas se reunião em casas de um ou de outro com o intuito de tocar, cantar, declamar ou encenar, pelo simples prazer de absorver cultura. Nem sempre foi um hábito exclusivo dos intelectuais. Os luais na praia em volta de uma fogueira podem ser considerados uma forma mais modesta dessas reuniões.

Hoje em dia, se você fala de sarau, a pessoa já torce o nariz, imaginando altos escalões de academias de letras, senhores empolados (muitas vezes empoeirados, se é que me entende), que sabem tudo sobre tudo, e não se misturam com réles mortais. Se eu conhecesse o primeiro desses calhordas que deu essa péssima fama aos saraus, eu batia no desgraçado com um gato morto até o bixano miar. Graças a ele, as pessoas morrem de medo de saraus.

Mas diferente do que se pensa, saraus não mordem. Como eu li de um escritor uma vez (e me desculpe o autor, pois não me lembro seu nome - sou péssima com nomes; esse é um dos meus defeitos), o poeta tem que escrever para o público. Logo, se o público não cultua, o produtor de cultura fica abandonado (coitado!).

Por isso, acho muito justo comentar ações e iniciativas que trabalham a favor da promoção da cultura. E o alvo desse comentário hoje é a creperia Tucano's Crepe, no Shopping Prado, em Campinas. Além de música ao vivo nos dias em que o próprio shopping não promove, o restaurante é aberto a mostras culturais e outros eventos, como lançamentos de livros, além de um sarau na segunda terça-feira de cada mês. O cardápio deles também é muito interessante: cada prato tem um nome de uma banda tradicional, como Legião Urbana e RPM.

Isso tudo sem mencionar que os crepes são uma delícia e o atendimento, maravilhoso. (Não, eu não estou ganhando nem um centavo para escrever este post; escrevo por pura boa vontade mesmo.)


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Coisa de menino - ou não

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Os quadrinhos são uma forma de literatura (sim, de literatura! É escrito, não é?) bem antiga: há relatos de que os primeiros surgiram por no século XIX. E por anos foi evoluindo com a sociedade, agradando ou desagradando variados gostos. No entanto, eles se tornaram realmente populares e ganharam força no século XX. Quem nunca pensou na até que divertida disputa dos norte-americanos DC e Marvel?

Pois essas duas famosas empresas de HQs tinham um modelo clássico de quadrinhos: heróis. Eram heróis fortes, másculos e tudo o mais. As histórias eram sempre de muita violencia, onde o mocinho (não tão "inho" assim) vencia o bandido e conquistava a garota.

Ah, a garota! A mulher nos quadrinhos geralmente era retratada como frágil e indefesa, restando-lhe apenas papéis coadjuvantes menores, como a secretária, a assistente, ou simplesmente a amada que precisaria invariavelmente ser salva.

Aí alguém vai dizer: e a Mulher Maravilha? Já repararam na diferença entre o uniforme da Mulher Maravilha e o do Super-Homem? Enquanto ele veste o corpo inteiro, ela usa um maiô, exibindo suas curvar para quem quiser ver. Ou seja: nas raras exceções em que a mulher é uma super-heroína, ela aparece seminua, para contentamento do sexo oposto.

Lilian Felix, uma das blogueiras do Blogueiras feministas, fala sobre isso em seu artigo O lado machista dos quadrinhos. Motivada pela discussão levantada por ela, passei a pensar em algumas observações sobre o assunto.

Se formos parar para pensar, esse estilo de quadrinho da DC e da Marvel foi feito para meninos que um dia viriam a se tornar homens. Assim como as meninas tinha as mães e suas bonecas bebês e, posteriormente, a Barbie, como seus modelos de "mulheres do futuro", os meninos também precisavam de um modelo. Um herói que salvasse o mundo no final do dia era a imagem perfeita. Que homem quando menino nunca sonhou em ser um bem sucedido Bruce Waine ou um sortudo Peter Park?

Outra questão curiosa: os personagens desses quadrinhos são adultos. Eram histórias de adultos para crianças. Nesse ponto, Maurício de Sousa foi extremamente genial, criando quadrinhos com histórias de crianças para crianças. O sucesso da Turma da Mônica e todos os personagens que vieram a seguir é inegável, e não só no Brasil: os quadrinhos do brasileiro são um fenômeno de sucesso nas bancas do mundo inteiro.

Agora, a questão mais curiosa de todas: paradoxalmente, no Japão, um país tradicionalmente machista, que vem lentamente mudando essa história com o passar dos anos, nota-se uma abertura maior e mais respeitosa à personagem feminina nas histórias de herói. Não é difícil encontrarmos heroínas em suas histórias. Nos mangás (os quadrinhos japoneses), as mulheres são fortes, determinadas, verdadeiras guerreiras, e nem por isso perdem sua graça e beleza. Não perdem em nada para um personagem do sexo oposto. Em outras palavras, a heroína do lado mais conservador do planeta é bem melhor recebida do que no lado aparentemente mais liberal.

O mundo das HQs está mudando sempre, como tudo na literatura. Mas ao invés de ir e vir, como romances e novelas, ela fica, porque é com certeza um estilo muito atraente e agradável para todas as idades. A partir das variações ousadas por autores como Maurício de Sousa, Walt Disney, os mangakas japoneses e muitos outros, elas têm se tornado cada vez mais populares e democráticas. Ainda bem!


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Palavrinha difícil

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que mantém um relacionamento (de qualquer tipo)? Afinidade? Paciência? Tolerância? Amor? Essas não passam de características de um alicerce ainda mais forte: o respeito.

Respeito é uma palavra difícil de se definir. Não tem nada a ver com medo, como pregam os valentões; isso é certo. Trata-se de um pouco de empatia. Tudo bem que eu não goste das mesmas coisas que o outro, mas me coloco no lugar dele na medida do possível e tento entender porque é tão importante assim para ele.

Toda e qualquer relação precisa de respeito para existir. A partir do momento em que você é obrigado (ou faz isso por vontade própria) a conviver com alguém, se não houver respeito a relação não vai durar. Seja ela um simples convívio no ambiente de trabalho, uma amizade ou algo ainda mais profundo.

Por anos (e ouso dizer que isso ainda acontece nos dias de hoje) casais se uniram por respeito, e muitas vezes, passados anos de convivência, se amaram perdidamente, de forma mais sincera do que muitos que se apaixonaram à primeira vista. Porque aprenderam a se amar. Era assim no passado: se unir com quem se amava era um luxo para pouquíssimos, história rara, quase uma lenda. E hoje em dia, que tem-se essa liberdade, a frequência com que casas que viveram jurando amor um ao outro e uniram-se por essa razão se separam é cada vez maior - o suficiente para mudar leis para que divórcios sejam concedidos mais rapidamente.

Para fazer uso de uma metáfora, o respeito em um relacionamento é como os pneus de um carro: se eles estão em ordem, o automóvel anda bem, sem nenhum problema; por outro lado, se furarem ou estiverem gastos, colocam o carro sob séria ameaça: pode derrapar, provocar um acidente. Pode até não andar para frente.

Quando acaba o respeito em um relacionamento, é o fim. É melhor cada um ir para um lado, antes que aconteça algum acidente. Porque, enquanto o pneu pode ser trocado, tudo bem. Mas quando não é mais possível, um acidente se torna cada vez mais inevitável - e as consequências podem ser irreversíveis.


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O valor da reclamação

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Maldizem aqueles que reclamam muito, chamando-nos de rabugento. Claro que reclamação em excesso muitas vezes é sinônimo de rabugisse mesmo. Dá rugas, gastrite nervosa, envelhece mais rapidamente. Tudo isso é verdade. Mas muitas vezes, a falta de reclamação também é patológico. Ou isso, ou o dito popular "quem não chora, não mama" é a maior farça da história.

Criou-se uma cultura no Brasil de não reclamar, de "deixar quieto". Isso é o pensamento mais errado que alguém pode ter. Porque, graças a essa atitude passiva (e não passífica, veja bem), muitas empresas tentam se aproveitar da ignorância dos consumidores.

Se você se sentiu ofendido pelo meu uso da palavra ignorância, analise seu significado:

ignorância
ig.no.rân.cia
sf (lat ignorantia) 1 Estado de quem é ignorante. 2 Desconhecimento. 3 Falta de instrução, falta de saber. 4 Imperícia, incapacidade. Var: ignoração.

Fonte: Michaelis

Pois é ao terceiro significado que me refiro. A falta de informação é uma armadilha para o consumidor, que muitas vezes acaba refém das empresas por sua inocência.

Ilustrarei com exemplo pessoal.

Eu sabia que havia uma grande chance de que a banda System of a Down desse uma passadinha pelo estado de São Paulo, para aproveitar a viagem do Rock in Rio, só não sabia quando - mas estava atenta.

Só me passou despercebido que a data finalmente foi marcada, e os ingressos começariam a ser vendidos no 11 de julho. No dia seguinte, quando fiquei sabendo, imediatamente fui ao site do LivePass, a empresa que está comercializando os ingressos do show. E, obviamente, tive um susto quando vi que não havia possibilidade de se comprar entrada pela metade do preço, direito garantido a estudantes (meu caso). Tentei entrar em contato com a empresa por telefone, mas ninguém me atendeu. Por isso, só me restava o e-mail. Enviem uma mensagem para eles, pedindo informações e instruções sobre o caso.

Eles responderam meu e-mail algumas horas depois, mas não foi nada animador. Segundo eles, a empresa limitava a venda de "meias-entradas" a 30% do total, e que isso era garantido pela lei municipal (não informou de qual município) nº 13.175/2004. Confesso, desisti na hora, fiquei triste por ter que perder a oportunidade.

Mas hoje, terceiro dia consecutivo dessa saga, alguma coisa me cutucava para eu me informar mais a respeito. E, como todo bom ser vivente quando tem uma dúvida, procurei o guru: fui ao Google. E virei a internet do avesso literalmente e não achei a lei que a LivePass me informou. Por outro lado, encontrei a lei 2.208/01, que fala justamente sobre direito dos estudantes de pagarem meia entrada em qualquer tipo de evento cultural (o que inclui shows de rock), sem mensão alguma a limites ou cotas para tais. E, como já havia desistido de pesquisar a lei sugerida pela empresa, respondi o e-mail pedindo que eles me enviassem a tal lei, e falando sobre a lei que eu tinha descoberto. Então, a mesma coceira que me deu para fazer toda essa pesquisa, também me insentivou a verificar o site da Livepass 1 hora mais tarde. E não foi sem espanto que eu vi que eles tinham liberado novamente a venda de entradas pela metade do preço para estudantes. E não recebe nenhuma resposta da Livepass para o meu segundo e-mail.

Coincidência?

Graças a esse "mal entendido", cheguei ao site Reclame Aqui. Já tinha ouvido falar, mas nunca tinha usado. É um site onde as pessoas se cadastram e podem fazer reclamações sobre experiências que tiveram ou estão tendo com as empresas. As empresas também podem respoder, se defendendo. Quando eu fui registrar minha reclamação em relação à Livepass, vi que eu cheguei tarde, porque já tinha várias páginas de reclamações lá - inclusive, muitas delas eram sobre essa limitação para pagamento de meia entrada para estudantes.

Proponho aqui uma campanha: fim do "deixa quieto". Não digo com isso que sou a favor de barraco e baixaria. Muito pelo contrário: uma coisa é reclamar, simplesmente querendo se dar bem; outra é reclamar com propriedade, porque você tem direito. Essa é uma campanha difícil de ser implantada, mas precisa começar com urgência, se não continuaremos reféns de empresas que apostam na ignorância (e passividade) dos clientes.

Obs: Até o fim desta postagem, o site da LivePass só havia liberado a venda de meia entrada para a pista; a pista premium continua apenas com a opção de entrada inteira.


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Você tem tudo o que quer!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Essa frase, junto com "faço tudo por você", é a mais enganosa do mundo - e não para quem as ouve, mas apenas para as pessoas que a profere. Normalmente, quem tem a pretenção de afirmar tão categoricamente que o outro tem tudo não tem capacidade de parar para tirar a prova real. Ou talvez tenha medo de tirá-la e descobrir que, de fato, está se enganando. Parece mais um daqueles truques de auto-proteção da mente, que cria a imagem que se quer ver, para que a pessoa não veja a realidade do jeito que ela é de fato. Pergunte a qualquer psicólogo se não acredita que isso exista.

Ah, e não posso deixar de mensionar aqueles que gostam de repetir "eu conheço você!". Eles também não conhecem nem uma mínima parte da pessoa que eles juram conhecer. Veja bem, ninguém "se conhecde" 100%, porque raios alguém mais conheceria você mais do que você mesmo?

O que essas pessoas não sabem é que, na verdade, estão sendo egoístas. Porque, ao invés de mostrar ao outro o que está sendo feito para ele, elas estão ignorando-o totalmente, atropelando seus sentimentos e sua opinião. Mas parece que todo mundo tem essa ambição por ser Deus, ou seja, onipresente. Todo mundo jura que conhece o outro.

Talez seja esse o problema. Talvez - só talvez - se as pessoas se preocupassem menos em afirmar que conhecem "muito bem" o outro, teriam mais tempo para tentar entender o outro. Porque, afinal, tem muito mais valor a compreensão do que o conhecimento. Saber por saber, sem entender de verdade, é o mesmo que não saber nada.

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Devaneios

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Olhos cansados
Tantas agústias
Quem teria respostas
Para minhas perguntas?


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Eu disse não!

segunda-feira, 20 de junho de 2011


Qual a primeira palavra que uma pessoa aprende na vida? "Mãmãe"? "Papai"? "Coca-Cola"? É lógico que não. A primeira palavra que todo ser humano aprende logo ao nascer é justamente aquela que mais escuta: "não". E desde os primórdios de vida, as pessoas já aprendem o que é ser contrariado. Mas se é uma condição tão comum da humanidade a contrariedade, porque algumas simplesmente não conseguem se acostumar (ou lidar) com ela?

Ninguém gosta de ser contrariado. Isso é fato. Ninguém gosta de ouvir um "não" quando pergunta ou pede alguma coisa. Principalmente se pede alguma coisa. Mas há formas e formas de se lidar com isso. E quem gosta de viver em sociedade, ou vive em uma por força maior (em outras palavras, contrariado) não tem escapatória: precisa aprender a lidar com negativas.

Uma forma de lidar com as elas é negociar. O "não" pode virar um estopim para uma discussão democrática, em que partes cedem ou não alguma coisa para um bem comum. Ou podem virar uma briga e fazer com que pessoas não se falem por alguns dias (se for só alguns dias, está bom; todo mundo precisa de um "tempo" de vez em quando).

Outra forma é simples, e é conhecida por sábios que vivem entre a gente, em quantidades e distâncias maiores ou menores: as crianças. Basta se irritar, fazer birra e "fechar a cara" quando alguém diz um sonoro "não". Às vezes nem precisa ser tão sonoro para provocar uma guerra mundial: tem gente que se irrita mesmo frente a argumentos plausíveis, palavras doces e tons de voz macios.

Mas convenhamos: não fica bem para alguém que se diz adulto agir como uma criança. Ou fica?

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Quanto você conhece de literatura?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Você gosta de ler? O que você conhece sobre literatura? O site da Revista Escola, da Editora Abril, montou um questionário rápido para testar seus conhecimentos nessa área. São 10 perguntas alternativas em que um pequeno trecho de uma obra é mostrada e você precisa dizer a qual obra pertence. Os livros são exibidos de forma dinâmica, com uma capa conhecida, das que são possíveis de ser encontradas nas livrarias mesmo. Eles vêm dispostos em uma estante de madeira, semelhante à do iPad, pra você escolher (se você nunca viu um iPad "em carne e osso", vá à loja da Apple mais próxima brincar de demonstração com ele! - Eu também não tenho um... )= ).

E você, que não gosta de ler, não pense que tem chances muito inferiores, não. Se você tem olho vivo e um ouvido atento ao que dizem por aí - ou pelo menos a alguns minutos das aulas de literatura da escola - será capaz de passar por essa facilmente. Quem nunca ouviu nem ao menos uma mençãozinha do "Memórias Póstumas de Brás Cubas" ou do filme "O Caçador de Pipas" (pois é, livros moderninhoss também estão no teste)? Que sirva, então de desafio: quantos você consegue acertar? Se não acertar, tudo bem. Pelo menos da próxima vez que você ouvir alguma coisa sobre esses livros, já vai saber do que se trata.

O teste se chama Jogo da Literatura. Divirta-se e boa sorte!



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Mais uma desculpa

sexta-feira, 6 de maio de 2011


Se dor de cabeça não é mais uma desculpa eficiente para você quando seu namorado quer de qualquer jeito te levar para a cama, seus problemas acabarm! É só dizer que você não está muito afim de fazer sexo hoje porque quer evitar um derrame.

Segundo pesquisa da holandesa Monique Vlak, além de sexo, café e assoar o nariz também estão nas listas do que poderia ser o gatilho dos AVCs. A matéria é da BBC Brasil. Café tudo bem, a gente vive ouvindo dizer que faz mal para tudo – e mesmo assim, não vivemos sem esse energético; seria terrível passar um dia inteiro no escritório sem uma xicarazinha sequer. Mas assoar o nariz? Pois é, parece que sim. Além disso, grandes esforços físicos também estariam do lado dos acidentes vasculares cerebrais.

Logo, o Jaiminho tinha mais do que razão quando dizia que queria evitar a fadiga!

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Estopim Aceso

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O que vinha sendo discutido há anos parece que finalmente chegou num concenso - pelo menos da parte legal. O casamento entre homosexuais agora passa a ser oficial, segundo decisão tomada por votação realizada pelo Supremo Tribunal Federal.


Infelizmente, só tenho à mão o dicionário Michaelis aqui, e ele só traz um significado restrito para a palavra casamento. Segundo tal dicionário, casamento é uma união entre homem e mulher. Na verdade, essa palavra quer dizer união - tanto que existe a expressão "casar bem", isto é, quando vários elementos "casam bem", significa que sua união deu certo.

Se um casal gay se ama e resolve ficar junto, não tem outra palavra melhor para descrever a situação do que casamento. Mas a Igreja católica (sempre ela!) acha que as coisas não são bem assim. Segundo ela, não existe forma de amor entre qualquer tipo de conjunto que não seja homem + mulher. Essa idéia restringe tanto a idéia do amor que quase o ridiculariza. Então eu não posso amar minha melhor amiga, porque seria praticamente um caso de homosexualismo, e meu lugarzinho ao lado da besta estaria garantido.

Observação: até hoje eu espero algum religioso, desses ultra fiéis, vir me provar, com indícios registrados e comprovados na Bíblia, que Deus é de fato contra o relacionamento homosexual. Ou eu entendi errado, ou eu sempre ouvi nas aulas de religião que o que Deus gosta mesmo é do amor, de todas as formas de amor, e respeita o livre arbítrio de seus filhos. E, principalmente, perdoa-os sempre, incondicionalmente, quando julga que eles estão indo por caminhos tortuosos.

Veja bem, se o próprio Criador pensa assim, quem a igreja pensa que é para dizer o contrário? Enfim, suspeito que essa decisão do STF ainda vai dar muito pano para manga. Duvido que os religiosos não vão criar uma polêmica sem tamanho sobre um assunto que já está mais do que resolvido. Afinal, a legislação brasileira já prevê direitos deveres para quem mora junto com outra pessoa há um determinado período de tempo, independente de sexo, raça, cor, credo ou classe social. O jeito vai ser acopanhar os próximos capítulos dessa novela.


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Você é machista?

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Esse assunto já foi tratado neste blog em outra oportunidade (se quiser refrescar a memória, leia o post "Tempestade em copo d'água (?)"). Parece um tanto quanto desnecessário, mas mal não fará repetir algumas informações. Segundo o dicionário Michaelis:


ma.chis.mo
sm (macho+ismo) 1 Atitude ou comportamento de quem não admite a igualdade de direitos para o homem e a mulher, sendo, pois, contrário ao feminismo. 2 pop Qualidade, ação ou modos de macho; macheza, machidão.


Essa é uma das palavras daquela lista de palavras mal interpretadas que eu venho prometendo desde sempre (eu não esqueci ainda, não, só preciso colocar no "papel"!). 90% das pessoas, quando bate o olho nessa palavra, só pensa em homens que sonham com Amélias e acham um absurdo mulher trabalhar em outro lugar que não seja sua própria casa, limpando, cozinhando e cuidando de criança. Mas quem é que não conhece uma mulher que acha que é obrigação óbvia do homem pagar toda e qualquer despesa que o casal tenha? Ou mesmo que a tarefa de cuidar do lar e da educação dos filhos seja mesmo em maior parte dela? Acha que isso é romântico? Pois eu acredito que trate-se mais de um mal entendido com romantismo, que definitivamente não é sinônimo de "ser otário". O engraçado é que é muito difícil uma mulher não se declarar uma feminista, ou ao menos uma não-machista. Por algum motivo, na cabeça do povo esse adjetivo ficou automaticamente relacionado aos seres do sexo masculino - mas só na teoria.

E pra provar essa teoria, o protal UOL Estilo elaborou um teste para saber se você, leitora, é ou não é machista. O que você acha? Faça o teste! É, no mínimo, interessante. Segue o link:

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A natureza das pessoas

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Existem basicamente três tipos de pessoas: as gêiseres, as vulcões e as rios. E a linha que as divide nem é tão drástica assim. Veja bem, para tomar apenas um aspecto para essa análise, ninguém - por mais que tenha recebido um treinamento rigoroso em hermos templos budistas - gosta de desaforos. Ninguém é tão calmo assim, por melhor que represente. Pode até ser que a pessoa não diga nada, mas no fundo no fundo - bem la no fundo - tem uma vozinha que fica indignada.

Pois bem, vejamos as pessoas gêiseres. São aquelas pessoas que sempre levam a fama de "estouradas". Muitas vezes elas não são más, mas a sociedade realmente as corrompe. É só um desgraçado fechá-lo no trânsito ou um folgado furar fila na sua frente e pronto, está armado o barraco. As gêiseres vão xingar, vão amaldiçoar, vão rogar praga para até a quinta geração do infeliz. Mas toda essa turbulência dura apenas alguns minutos; passado o momento dos impropérios, a raiva e a periculosidade dessa pessoa vão com eles. Até o próximo desgraçado ou folgado aparecer. De qualquer forma, o problema fica resolvido ali, na hora, sem levar roupa suja pra lavar dali a algum tempo.

Já os vulcões não tem essa sorte. Por educação ou por estarem em períodos de aparente tranquilidade, quando alguém irrita um vulcão, ele deixa aquela desafença bem guardada, lá no fundo. Os desgraçados e folgados de plantão nem se dão conta do pecado que cometeram, porque o vulcão é incapaz de indicar isso no momento em que acontece. Mas vulcão que é vulcão uma hora entra em erupção. O acumulo de "detritos" o faz transbordar de uma só vez. Aí, sai de perto: o vulcão faz um tsunami numa xícara de café por questões mínimas, que não mereciam nem um segundo de atenção e poderiam muito bem passar batidas. As pessoas vulcões são aquelas que mais admiram as pessoas, de que se ouve acusações incalculadas do tipo "era uma moça tão calminha, de repente se tornou rebelde de tudo!" ou "não sei o que aconteceu com ele, todo mundo gostava tanto dele, era tão bonzinho; agora, sem motivo algum, é tão grosso!". Tudo é uma questão de má interpretação (ou falta de auto-crítica de quem vê as coisas dessa forma). "Não sei o que aconteceu" e "sem motivo algum" são os bordões mais comuns dos desgraçados e folgados.

E por fim, temos as pessoas rios. Essas, sim, já têm uma mansão chiquérrima com jardins floridos, fontes com esculturas jorrando água e pscinas olímpicas esperando por elas no céu. Elas são aquelas pessoas que eu disse no começo que não é possível que não se aborreçam de verdade, nem que seja só um pouquinho, com desaforos. Mas isso é uma coisa que ninguém jamais ficará sabendo. Por mais que desafetos as incomode, elas têm simplesmente o dom de relevar. Quando jogam esse tipo de lixo em seus leitos, a atitude delas é única: deixam que as águas levem tudo embora - sabe-se lá pra onde. Nada fica retido no fundo de seus dutos ou em sua margens; não sobra nada. E, assim, elas levam a vida, tranquilamente, seguindo seus fluxos de águas claras e cristalinas.

Se formos contabilizar, acho que rios estão cada vez mais escassos no mundo. Por outro lado, a cada dia, mais e mais vulcões aparecem por aí, competindo acirradamente o primeiro lugar com gêiseres. Eu, sinceramente, não condeno o estilo de vida desses dois, mas os vulcões costumam ter uma saúde um pouquinho pior. E também, mudar de natureza não é tão fácil assim; ser rio não é tão simples quanto parece, não é pra qualquer um, não. Quem é rio, já nasceu predestinado a isso. Quem é gêiser ou vulcão, se também não nasceu com o dom da força de vontade, fica só sonhando com a vida boa que leva os rios.


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Fatos

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Fato 1: praticar esportes quando se é sedentário serve pra mais uma coisa além dos infinitos benefícios à saúde: descobrir todos - eu disse TODOS - os músculos que você possui.

Fato 2: o que te deixa feliz e deveria contagiar a outros por tabela nem sempre funciona assim. (E isso é quase sempre imperceptível.)

Fato 3: é impossível convencer seu relógio biológico de que durante a semana existe um toque de recolher para dormir que permanece desligado durante o final de semana. Ele acha que todo dia é fim de semana, coitado.

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Um outro ponto de vista

sábado, 22 de janeiro de 2011

Eu já li e vi muitas expressões da arte sobre o nazismo. Na verdade, esse é um tema que interessa muito aos artistas, porque existe muita coisa escrita e produzida sobre isso. Acredito que escrever qualquer coisa dentro do tema nazismo seja um bom desafio, pois com tanta coisa que já foi criada, seria muito difícil encontrar palavras que ainda não foram ditas.

Bons exemplos do que vi foram os filmes O Resgate do Soldado Ryan, A Vida é Bela e O Pianista (este último, de uma beleza indescritível). Além disso, na literatura, já havia encontrado o livro A Lista de Schindler. Todos eles, entretanto, abordam o mesmo ponto de vista: o do judeu, alvo perseguido durante a Segunda Guerra Mundial.

Aceitando o desafio, Markus Suzak foi muito bem aventurado ao escrever A Menina que Roubava Livros - de um ponto de vista diferente: dos alemães. E não digo do alemão que comprou as palavras de Hitler; quero dizer do alemão que justamente não entendeu o porquê da perseguição aos judeus e não via razão alguma para isso. Além disso, de forma poética, ele descreve os acontecimentos na Alemanha nazista de uma forma também diferente: sem explicitar o massacre e a violência, apenas apresentando-a. O mais importante na história é a demonstração dos sentimentos gerados nas pessoas que viviam ali e fora obrigadas a aderir àquele cotidiano. Para quem se interessa por histórias de guerras, este é o exemplar mais belo e emocionante.

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A Física Injustiçada

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Assim como a maior parte das pessoas, eu achava a Física uma matéria muito chata quando estava na escola. Particularmente, eu nunca fui muito boa com números - tanto que preferi as palavras. Mas teve um momento em que a Física me pareceu de leve uma máteria interessante: na 8ª série (hoje, 9º ano, se não me engano). Nesse ano, nós tivemos nas aulas de ciência uma introdução à Fisica e à Química, sem contas. Na teoria, era uma matéria fascinante. Até que, no ano seguinte, vieram as contas e estragaram tudo.

E assim, fui levando com a barriga essa matéria inglória até me formar. Mas por ironia do destino (coincidência, sinal dos astros, ou sei lá eu o que), me caiu nas mãos o livro "O Mundo Numa Casca de Noz", de Stephen Hawking. O físico britânico, que até então eu só o conhecia como "o-físico-que-sofria-de-atrofia-muscular", me surpriendeu por mostrar exatamente o que o senso comum normalmente nos faz desacreditar: tato e didática para tratar de um assunto aparentemente chato.

Contando um pouco sobre o universo e o tempo, Hawkings se usa de um texto descomplicado e receptivo para, ao contrário de afugentar o leitor, aproximá-lo e fazer com que se interesse pelo assunto geral: a Física.

Talvez este seja o motivo da injustiça feita em relação à disciplina: a forma com que é abordada. Do meu ponto de vista leigo, uma abordagem mais aprofundada em cima das teorias tornaria a matéria um pouco mais "amigável" aos olhos dos estudantes. Mesmo porque, as contas já estão a cargo da Matemática. Eu sou do tipo de pessoa que se dá melhor com conteúdos que explicam como as coisas funcionam, e não necessariamente como fazê-las funcionar na prática. Sabe? Depois da leitura de "O Universo Numa Casca de Noz", acho que até comecei a gostar de Física.



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Modas controversas

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A moda da vez é a Power Balance, que consiste numa pulseira de borracha com um pequeno holograma, que promete fazer com que seu usuário não perca o equilíbrio. A pulseira foi projetada para esportistas, mas como tudo o que é moda, caiu na graça do povo e não é difícil ver pessoas com ela no punho por aí. Efeito semelhante ao que aconteceu com aquelas pulserinhas de borracha, inicialmente criadas pela Nike, há alguns anos, com o objetivo de arrecadar dinheiro para os mais diversos fins filantrópico.

O mais curioso de tudo é que ambas não são nem um pouco baratas. As pulseirinhas da Nike não saiam por menos de R$20,00 e a Power Balance custam em torno de R$130,00. A exemplo do que aconteceu com as pulseiras da Nike, a Power Balance virou mais artigo de moda do que do cunho pelo qual foi lançada. Como já foi dito, todo mundo está usando, e na maioria das vezes esses usuários reclamam de ir à padaria à pé - que dirá praticar esportes. Não vai demorar muito (se é que já não aconteceu) para que elas chegem aos camelôs.

Há uns dias atrás o Globo Esporte resolveu testar a funcionalidade da Power Balance e provou que ela não funciona coisa alguma. Pra reafirmar a descoberta, o Folha de S. Paulo publicou essa semana uma matéria em que Michael King e Malcolm Muirhead, os criadores da Power Balance, admitem que o efeito da pulseira é placebo. Ou seja: na prática, não funciona. Tanto que a ANVISA vetou o comercial da pulseira por considerá-la enganosa. Mas é como disse o Hittler uma vez: uma mentira contada 100 vezes passa a ser verdade.

Para o bem ou para o mal, uma coisa não se pode deixar de admtir: a dupla de americanos é um gênio - eles criaram o placebo mais famoso e melhor sucedido do mundo.


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Entusiasmo

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Esse não é meu; me foi dado por uma amiga e achei por bem compratilhá-lo, pois concordo com a idéia.


A palavra entusiasmo vem do grego e significa "ter um Deus dentro de si". Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela "preenchida" por um dos deuses e por isso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Assim, se você fosse entusiasmado por Deméter (deusa da Agricultura, chamada Ceres na mitologia romana) você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante.

Segundo os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano, criar uma realidade ou modificá-la. Portanto, era preciso entusiasmar-se, ou seja, "abrigar um Deus em si"!

Por isso, as pessoas entusiasmadas acreditam em si, agem com serenidade, alegria e firmeza. E acreditam igualmente nos outros entusiasmados. Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso.

O entusiasmo é bem diferente do otimismo. Otimismo significa esperar que uma coisa dê certo. Entusiasmo é acreditar que é possível fazer dar certo.

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Para ilustrar, duas frasses que encontrei na busca por images para esse post:

Tradução: "Nada BOM foi alcançado sem entusiasmo." Emerson













Tradução: "Conhecimento é poder, mas entusiasmo aperta o interrupitor." Ivern Ball

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Sobre Pensamentos Avulsos...

Pensamentos Avulsos são divagações e outras bobagens que saem da cabeça insana dessa que vos escreve. Espaço livre para meu bel prazer de escrever e expor de alguma forma minhas idéias. Como blogueira, eu gosto de comentários; como escritora, eu preciso de críticas. Ambos me servem como uma espécie de termômetro de qualidade para a minha produção. Portanto, por gentileza, colabore. :-)

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