Sérgio Y. Vai à América

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Felicidade é um conceito abstrato dos mais difíceis de ser definido. Se a felicidade pode estar no convívio com a família para uns, pode morar em uma grande riqueza para os outros. Sérgio Y. tem os dois e mesmo assim não consegue se considerar uma pessoa feliz.

Um grande psiquiatra com anos de carreira de carreira e uma experiência invejável poderia muito bem se aposentar e curtir a vida, mas apaixonado pela profissão, prefere seguir consultando e não abandonar seus pacientes. O único luxo ao que se dá é o de diminuir o número de pacientes e escolher qual caso quer ou não estudar. Um dia, porém, a pedido de uma amiga, resolve acolher em seu consultório o jovem Sérgio Y., que inicialmente parecia um adolescente como outro qualquer, mas que o intrigava por algum motivo que ele não conseguia descobrir. Filho de um grande empresário e estudante de um dos melhores colégios da cidade, sem problemas de relacionamentos, cercado por amigos, Sérgio não tinha nada que o fizesse infeliz. Mas não conseguia enxergar a felicidade em sua vida. Era como se algo lhe faltasse. Em sua última consulta com o psiquiatra, Sérgio se despede, agradecendo tudo que o médico havia feito por ele e informando de uma viagem de férias que faria com a família. Feliz por seu paciente, o psiquiatra lhe sugere alguns pontos turísticos para visitar e lhe deseja boa viagem.

Sérgio nunca mais apareceu. Ainda assim, continuou a intrigar o psiquiatra. Ele nunca em sua vida tinha deixado um caso sem resolução, e aquele paciente tinha se tornado o primeiro. Ainda incomodado com essa história, o médico resolve ir atrás da família de Sérgio para descobrir como ele estava, e para sua surpresa, descobre que seu antigo paciente estava morto.

É nessa busca por autoconhecimento e estudo de caso que decorre o livro de Alexandre Vidal Porto, de São Paulo. Em linguagem simples, e com uma sensibilidade única, o autor traduz em palavras as complicadas minúcias da vida e toca em temas até hoje polêmicos (ainda que velados). São idas e vindas de personagens totalmente desconhecidas e desconexas que por pura força do destino acabam tendo seus caminhos cruzados para que um tenha a oportunidade de ensinar algo ao outro.

Se é que o livro traz uma lição (dentre tantas que se pode tirar dele), é que é preciso estar sempre de mente aberta. Só uma mente aberta é capaz de captar essas mensagens preliminares que estão no ar o tempo todo e que nos fazem nos defrontarmos com questões que merecem uma reflexão. Mensagens assim estão sempre por aí, mas chegam até nós apenas quando precisamos delas, e só com mente verdadeiramente aberta podemos captá-las


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Sobre Pensamentos Avulsos...

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