Por que eu gosto do Natal

sábado, 22 de dezembro de 2012


O Natal é uma época verdadeiramente especial. Não digo por causa da religiosidade, mesmo porque eu sou ateia. Mas é uma época repleta de símbolos, e os significados desses símbolos é que mechem comigo.

Uma amiga costuma dizer que, apesar de eu não ter religião, tenho muita religiosidade. E eu também reconheço que tenho muita fé, e isso não tem absolutamente nada a ver com religião. Fé é o ato de se acreditar com todas as forças em algo. E há quem diga que a fé sustente uma pessoa. Pois, sim, a minha fé nos meus sonhos me sustenta, assim como outras versões de fé sustentam outras pessoas.

Se por um lado o Natal é bom, por outro é mais uma data extremamente comercial, da que todos, desde a mídia até principalmente o marketing e o comercio arrancam seu pedaço de forma violenta e voraz. Por todos os lados você é bombardeado pela pressão de dar presentes obrigatoriamente nesta época. Mas e se você não quiser? E se não estiver num bom momento com o presenteado? É o presente que vai comprar a paz entre os lados? Presente é algo que se dá quando se quer agradar alguém; para isso não é necessário esperar uma data especial. Passa-se por uma loja, vê-se algo interessante que pode agradar ao outro e, pronto: presenteia-se. Talvez justamente esta obrigatoriedade de dar presentes em determinadas datas tornam os presentes muito mais valiosos quando vêm em datas em que não são esperados.

Aparte todos os símbolos religiosos do Natal, que são, sim, muito bonitos e dignos de se parar para olhar numa decoração de loja, praça ou casa, o símbolo mais famoso da época é o Papai Noel. As lendas contam que ele vem todos os anos na noite de Natal trazer presentes para as crianças que se comportaram bem. Nunca ouvi falar no que acontece com as crianças que não se comportaram bem durante o ano nas versões brasileiras dessa história, mas na versão americana, a criança pentelha ganha um torrão de carvão. Nesse ponto, nós, brasileiros, levamos mais a sério essa história de perdoar graças ao espírito de Natal.

Mas todos já conhecem essa história, com mais ou menos detalhes. E este é o símbolo especial do Natal, sem o qual nenhuma festa de fim de ano estaria completa, é de fato o Papai Noel. Descartemos o apelo comercial que ele traz indubitavelmente. Há símbolos que significam muito mais do que o que se vê na superfície. Este é um deles. O Papai Noel representa um velhinho fraterno, paciente, acolhedor, que recebe a todos, sem discriminação de forma alguma, para ouvir seus desejos. Mais que isso, ele escuta com um nobilíssimo respeito cada pedido feito, se emociona com isso e, principalmente, dá esperança de que esse desejo se realizará.

Pode ser que sim, pode ser que não, mas o clima de Natal, para mim, parece mais um clima de esperança do que um clima de amor, como se diz por aí. O espírito de Natal nada mais é do que um sentimento coletivo e contagiante típico desta época, que reúne pessoas com sonhos e desejos tão diferentes, com o único desejo de passarem um momento feliz juntos. É um espírito de esperança: no mínimo, a esperança de que no próximo ano será melhor.


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Como é que é?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Deixe-me ver se entendi bem: Marcos Maia, presidente da Câmara dos Deputados, veio à público em rede nacional esta noite para falar ao povo todo o trabalho que os deputados fizeram durante o ano, que, até onde minha humilde ignorância me permite saber, é o trabalho deles?

O presidente, ainda, decidiu enfatizar um a um os projetos mais polêmicos do ano que votaram e aprovaram. Mas eu, particularmente, achei o discurso meio vago (para não falar do marketing do negócio). Acho que alguns assuntos poderiam ser melhor abordado, afinal, ele tem todo o tempo que quiser para falar, de graça, em rede nacional, não é?

O excelentíssimo presidente poderia também ter falado quantos foram os deputados que foram lá, todos os dias de trabalho, religiosamente, e participaram dessas discussões. Também poderia ter anunciado projetos para cortes de custos, que gerariam receita para setores muito carentes (como Educação e Saúde, para citar duas consideradas quase que unanimemente as bases de uma sociedade). Cortes, estes, que poderiam começar pela redução de “décimos” dos políticos: só o décimo quinto salário já ajudaria bastante outros setores que não o dos políticos. Ou, então, quem sabe uma bonificação menos rentável, como os auxílios terno? Não, porque convenhamos: alguém algum dia já fez entrevista para algum emprego que lhe concedesse uma bonificação a parte especificamente para você gastar com as roupas com que vai trabalhar? Que eu saiba, os gastos com isso de reles mortais como nós sai do nosso próprio salário – e para o salário de um político, aposto que isso nem faria cócegas.

É, presidente, pelo visto você terá que dar o ar de sua graça mais algumas noites para falar sobre alguns outros assuntos que ficaram pendentes. Ou será que não há necessidade?

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Clube da Leitura

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

(Inicialmente publicado em Factus Literário)

Todo apaixonado por leitura sente falta de alguém com quem compartilhar as experiências lidas. Não adianta negar: é frustrante querer contar para alguém quão legal ou chato um livro é e a pessoa devolver um olhar de desprezo pelo simples fato de você ter lido. Mas no mundo há lugar para todos, inclusive para os leitores, sejam vorazes ou nem tanto. E se você achava que discussões sobre literatura acabaram para você quando saiu do Ensino Médio (ou da faculdade, no caso de quem resolveu se aventurar em um curso de Letras, como quem vos diz), pode se animar, existe um lugar assim na Terra para nós: a Livraria Cultura.

A Livraria Cultura, em parceria com a editora Companhia das Letras, realiza mensalmente o Clube da Leitura. Nas outras Culturas o evento já ocorre há bastante tempo, mas em Campinas a coisa começou no final do ano passado e está cada vez mais animada. Funciona assim: todos os meses os participantes do evento escolhem um livro (sempre da Companhia das Letras) para ser lido até o encontro seguinte. O encontro é mediado por um funcionário da Livraria e os participantes têm a oportunidade de discutir pontos sobre o livro lido. Para dar uma ajudinha, a Livraria Cultura costuma colocar os livros escolhidos no Programa +Cultura, que o programa de fidelidade da loja, que confere um descontinho bacana ao preço do livro. 

Interessou? Então anote aí: o próximo em Campinas será no dia 6 de novembro, às 19h30, na Livraria Cultura que fica no shopping Iguatemi. O livro que será discutido é o As Brases, de Sándor Marai.

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Criança tem o direito de ser criança – e ponto

domingo, 21 de outubro de 2012


Que a mídia e a sociedade em geral exerce uma forte pressão em diversos aspectos sobre todas as pessoas, já se sabe. E isso é um fato tão corriqueiro que passa despercebido. São inúmeras as marcas que hoje produzem roupas de adultos para crianças, como roupas decotadas, saltos altíssimos e cosméticos, entre tantos outros produtos, para crianças. De certa forma, sem perceber, as crianças estão brincando de ser adultas, e esquecendo-se de aproveitar uma fase deliciosa e importantíssima da vida: a infância.

Diversos médicos já vieram à mídia alertar pais para os perigos para o desenvolvimento físico de uma criança que usa saltos. Inúmeros outros lembraram os riscos que produtos químicos (como maquiagem e tintura para cabelo) para os pequenos. Isso para não falar do absurdo de se expor uma criança ao risco de um assalto pelo celular de última geração que ela recebeu de presente no Dia das Crianças (na minha época, o mais eletrônico que a gente desejava de Natal era um Pense Bem).

Saindo do campo dos produtos, vem o das pressões psicológicas: uma criança não pode ser um pouco mais gordinha que a outra. Se não fizer cursos extracurriculares (idiomas, esportes, etc), está atrasada para o mundo capitalista. Mas se for muito estudiosa, aí é um nerd, e sofre bullying. É, está cada vez mais estressante ser criança.

Apesar de as pessoas não parecerem perceber, todas essas pressões surreais, impostas direta ou indiretamente à criança, vêm dos adultos. São os adultos que ensinam, com seus exemplos, a discriminação, a falta de caráter, o consumismo. Pensando nisso, e empenhadas a lutar em prol da liberdade da criança de ser o que ela melhor pode ser, uma criança, as irmãs britânicas Abi e Emma Moor criaram em 2008 a campanha PinkStinks. O objetivo da campanha é pressionar governantes e empresários, com apoio popular, a pensar com um pouco mais de bom senso nas crianças como foco de seus produtos e leis. A campanha surgiu inicialmente para defender as meninas, mas com o tempo os meninos também ganharam espaço. Tanto no site quanto no blog, elas mostram como a campanha vem crescendo e as mudanças que ela já conseguiu.

Infelizmente a campanha não chegou em terras tupiniquins, pelo menos por enquanto. E está fazendo falta. O problema é que brigar com empresa grande é o mesmo que pescar tubarões na unha. Mas enquanto os pais também não fizerem sua parte na proteção de seus próprios filhos contra os excessos que a mídia quer nos empurrar goela abaixo, pouco (ou nada) mudará.

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Sumário automático do Word

domingo, 14 de outubro de 2012


Eis que o temido TCC (trabalho de conclusão de curso) de uma pessoa pode ensinar mais do que seu “mero” conteúdo. A necessidade é de fato uma mãe e, graças à ela (e ao pai Google), descobri que é mais fácil do que eu imaginava a confecção automática de sumários com recursos do próprio Microsoft Word. Este post vai ser uma colher de chá em que compartilharei essa dica; aposto que tem muita gente que vai gostar.

Para esta explicação, tomarei como exemplo o Microsoft Word 2010, que é o que eu possui no meu computador, mas acredito que o processo seja parecido para outras versões.

Para cada título criado, selecione-o e escolha a opção Título 1 nos Estilos de texto.


Automaticamente, as palavras selecionadas vão mudar de tamanho e de cor. Você pode personalizar o tamanho e a cor da fonte como quiser; esse é só o padrão imposto pelo Word.

Repita o processo para todos os enunciados que serão seus títulos. Para subtítulos, escolha a opção Título 2.

Depois, na página em que você quer criar o seu sumário, clique em Referências e em Sumário. Ao clicar em Sumário, vai ser aberto um menu, para você escolher o modelinho de sumário que você quer.


Vai ficar mais ou menos assim.


Cor, tamanho de fonte e posição do texto do sumário dentro dessa caixinha também são personalizáveis. E se quiser fazer isso no começo do trabalho e ir criando os capítulos conforme sua evolução também pode. Basta criar os próximos títulos da mesma forma e, ao clicar uma vez na caixinha do sumário, clicar na opção Atualizar Sumário.

Viu? Eu disse que era fácil.

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Eleições diretas para brasileiro ver

domingo, 7 de outubro de 2012


Em 1989 o povo brasileiro conseguiu um direito extremamente democrático e invejado por muitas outras nações, especialmente pelas que ainda sofrem com a ditadura militar: o voto direto. Esse direito significa que, em uma eleição, o voto do eleitor vai direito para candidato que ele quer eleger. O problema é que esta opção de eleição não é verdadeira para todos os cargos políticos, mas apenas para presidente, governador e prefeito. Outros cargos políticos que exigem votação em eleições, como deputados e vereadores, não são eleitos por meio de voto direto e, sim indireto.

Para deputados e vereadores, cada candidato tem que receber um número X de votos para ser eleito. Se o número de votos que ele receber ultrapassar esse número necessário, os votos restantes são distribuídos entre os candidatos com menos votos de seu partido, de acordo com um cálculo maluco. Ou seja: aqueles candidatos que ninguém queria que assumisse o poder e, portanto, para os quais ninguém votou, muitas vezes consegue ser eleito justamente por esse “troco” de votos que sobra dos mais votados. Em outras palavras, a tão invejada democracia do povo brasileiro vai por água abaixo, porque os menos votados também sobem ao poder.

Esse cálculo foi explicado e exemplificado pelo jornal Correio Popular, de Campinas. Graças a essa complicação, partidos políticos se aglomeram em coligações e pagam para que candidatos ou personalidades famosos se candidatem, os chamados puxadores de votos, para atraírem o maior número de votos possível para as legendas. Depois, através dessa fórmula maluca, eles conseguem colocar na Câmara os candidatos indesejados ou desconhecidos. O exemplo mais famoso é o das últimas eleições para deputados, que contou, entre outros candidatos muito conhecidos, com a participação do palhaço Tiririca (e seu partido caçoando do povo brasileiro sem nenhum sinal de escrúpulo) e do ex-jogador Romário.

No campo da política muitos avanços têm sido feitos no sentido de melhorar a vida do eleitor e exigir mais respeito para ele da parte dos políticos. O processo é lento, mas aos poucos temos visto alguns políticos serem condenados pela sua desonestidade. Depois da Lei da Ficha Limpa, que foi indubitavelmente o maior avanço do cidadão nos últimos anos, a exigência da eleição verdadeiramente direta será o próximo passo para uma faxina mais que necessária no cenário político brasileiro. Um país do nosso porte é carente disso há muito tempo, e já está na hora de as coisas começarem a mudar de fato.

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Seus lindos lábios

terça-feira, 7 de agosto de 2012



Publicado originalmente em FactusLiterario.blogspot.com.br

Não é à toa que “Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios”, de autor Maçal Aquino, chegou às telonas do cinema brasileiro. O romance reúne muito daquilo que o público gosta de ver: romance conturbado, polêmicas, misérias humanas e um final feliz.

O livro é narrado por um fotógrafo de meia idade, Cauby, que, a trabalho, foi obrigado a viver por um tempo no interior do Pará, em uma cidade pequena que vive basicamente da mineração do ouro. Graças a esse trabalho, o fotógrafo acaba forçosamente conhecendo e se envolvendo pouco a pouco com as mais diversas personagens daquele lugar.

A ação começa quando ele conhece Lavínia, uma moça misteriosa com quem esbarra sem querer em uma loja de variedades, coincidentemente graças a uma paixão em comum: a fotografia. Mas a moça é misteriosa e tem mais segredos do que se possa imaginar.

Cauby e Lavínia acabam se envolvendo emocionalmente, e o romance se desenrola em volta deste relacionamento complicado e mal visto pelo povo de uma cidade pequena.

Romance de leitura fácil e fluida, apresenta um defeito, em minha opinião: a história começa a ser narrada em primeira pessoa; portanto, o narrador só conhece aquilo que viveu. Porém, o autor usa o tempo presente também para descrever cenas no passado, como se o personagem principal estivesse narrando o que vê num filme diante de seus olhos. Posteriormente a narração muda sem aviso para terceira pessoa, pela voz de um narrador. Para quem lê pela primeira vez, a impressão é de que o fotógrafo é quem continua narrando, e isso gera a dúvida: “como é que ele sabe?”. Num terceiro momento, a narração volta para a primeira pessoa, mas no passado, com quem de fato conta uma história.

Desconheço o filme, mas li e vi muito sobre a opinião alheia e parece que teve êxito. Ignoro aqui os comentários daqueles que falam mal de filme brasileiro só porque é filme brasileiro. Da minha parte, só posso recomendar a leitura.

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A Vida

terça-feira, 31 de julho de 2012

O que eu quero da vida?
O que ela quer de mim?
Não sei dizer se é amiga,
não sei se ela goza de mim.

A amiga apresenta boas pessoas
por vezes impossíveis de esquecer,
boas oportunidades,
escolhas difíceis de fazer.

Quando goza
é bom se cuidar:
às vezes nos prega peças
difíceis de escapar.

Fácil ou difícil
Monótona ou não
O que é impossível
É viver em vão.


Mariana Baroni

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A que faltava

segunda-feira, 16 de julho de 2012

(Este post foi publicado primeiramente no blog Flactus Literário)


Walt Disney criou as princesas da Disney pensando na identificação que as meninas poderiam encontrar nelas. Para isso, criou uma de cada etnia, para que nenhuma se sentisse sozinha. Mas ainda faltava uma: a princesa negra. Anos após sua morte, em 2009, os Estúdios Walt Disney aproveitaram o conto de fadas A Princesa e o Sapo para introduzir finalmente a princesa que faltava: Tiana, a princesa negra de Nova Orleans, a terra do jazz.

Ambientado num mundo bem próximo ao contemporâneo, A Princesa e o Sapo aproveita a base da cultura africana que fincou raízes na colonização passada dos Estados Unidos. Tiana é uma garota encantadora e generosa que herdou do pai o talento gastronômico e o sonho de abrir seu próprio restaurante. Seu pai não viveu o suficiente para realizar este sonho, mas Tiana o assumiu para si como uma missão e luta obstinadamente para realiza-lo. O desejo por essa realização é tão grande que nada mais importa para ela: a garota trabalha dia e noite por cada centavo que arrecada, até se afasta da convivência com os amigos em nome do trabalho.

Esta é a grade diferença de Tiana em relação às outras princesas: ela não é uma dama indefesa precisando de um príncipe para salvá-la; ao contrário, ela é independente, batalhadora e trabalha por seu próprio sustento.

Outro ponto a se destacar é que o príncipe não é um mero coadjuvante relegado a aparecer apenas no final para salvar o dia. Naveen, príncipe do país fictício Maldonia, aparece logo no começo da trama e coexiste com a personagem principal em todos os momentos. Além disso, ele também não é um príncipe perfeito e idealizado, de posses e bravo guerreiro, como os outros: apenas a beleza e o título o tornam parte da realeza. O príncipe desta história é, na verdade, um folgado, preguiçoso, que passa o dia todo tocando sua viola e paquerando moças bonitas que se derretem por ele.

Cansados da vida boa que o filho levava, os reis da Maldonia resolveram cortar a mesada do príncipe mimado. Naveen, então, resolve passar umas férias em Nova Orleans, onde acredita que poderia passar a vida toda tocando jazz.

A melhor amiga de Tiana é Charlotte, uma garota rica e extremamente mimada, que entra em desespero quando não vê o que deseja bem à sua frente imediatamente. Mas ela não é má. Ambas cresceram juntas, pois a mãe de Tiana é estilista e costurava os vestidos de Charlotte. E enquanto trabalhava, ela lia conto de fadas para as meninas, que, como toda menina, sonhavam com elas.

Com o passar do tempo, Tiana amadureceu e os sonhos com contos de fadas foram postos de lado em detrimento do sonho gastronômico. Por outro lado, Charlotte continuou alimentando o sonho de criança, e desejava de todas as formas casar-se com um príncipe. Por isso, quando os jornais anunciaram a chegada de Naveen, a garota pede mais esse favor ao pai que, incapaz de negar qualquer coisa à filha mimada, convida o príncipe a ficar em sua casa.

O arqui-inimigo da história é alguém que lembra muito o Jafar, de Aladdin: o Senhor das Sombras é um feiticeiro especialista em vodu, que tem negócios com seus “amigos do outro lado”, como ele diz. Sua intenção é se apoderar das riquezas da família de Charlotte para dominar a cidade e entregar a esses amigos as almas desesperadas do lugar. Para isso, ele escalará o mordomo de Naveen, Lawrence, personagem altamente influenciável e com uma vida de servidão que o tornam alvo fácil do bruxo.

Este é mais um musical da Disney, e para não perder o clima do ambiente em que se passa a história, todas as músicas são jazz. Além disso, outros personagens aparecem, a maioria deles animais, característica dos contos de fadas, que adoram esse tipo de contato entre os personagens.

Neste filme os papeis de poder quase se equiparam, não existe um melhor que o outro no casal, e ambos têm de aprender a viver juntos para poderem resolver os desafios que aparecem durante a trama. Mais que uma questão de um salvar o outro, é uma lição de aprendizado sobre convivência que se passa nessa obra, uma mensagem muito coerente e precisa e com a realidade atual de seus espectadores.

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A verdade sobre os sonhos

sexta-feira, 29 de junho de 2012


Sonhos são feitos de vivencias e são realizados com força de vontade. Invariavelmente eles instigam o sonhador, lhe dão uma verdadeira razão para a vida e lhe fazem feliz. E felicidade é algo legal de se compartilhar, principalmente com aqueles que estão mais próximos. Porém, opiniões diferem demais de uma pessoa para outra, e o que seria uma experiência construtiva de sociabilidade se torna uma grande auto sabotagem.

Sonhos são únicos. E são sonhados sozinhos. Por mais que outras pessoas digam compartilhar do mesmo sonho, a verdade é que eles são no máximo parecidos, mas nunca o mesmo.

Compartilhar sonhos com outras pessoas não é muito agradável se não se for surdo. Às vezes parece que contar um sonho a alguém, na esperança de demonstra a felicidade que ele causaria, poderia ajudar a angariar apoio daqueles mais próximos.  Como na fábula do sapo que escala uma montanha, ouvir a opinião dos outros pode atrasá-lo, torná-lo mais difícil do que realmente é ou até impedir sua realização.

Poucos são aqueles dotados de capacidade (ainda que mínima) de empatia, isto é, ouvir o sonho do outro, entender que aquilo tem um peso enorme para ele e compreender que sua concretização será algo extremamente significativo na vida da outra pessoa. Só isto bastaria para quem está empolgado para compartilhar sua alegria. Vibrar junto, se deixar contagiar ou até mesmo torcer pelo sucesso do outro já é um esforço homérico demais, quase impossível. Mas o mínimo esforço poderia acontecer, nem que fosse por mera política de boa vizinhança, certo?


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A Viagem

quinta-feira, 21 de junho de 2012



No final do século XX, uma família está de mudança para uma nova cidade no Japão. O pai está animado com a mudança, a mão, indiferente, mas a pequena Chihiro está aborrecida, sem saber como serão as coisas na nova cidade. Na metade do percurso, ligeiramente perdido, o pai de Chihiro resolve tomar um atalho, que os leva a um lugar sem saída, aparentemente uma antiga estação de trem desativada. Animados com a perspectiva de aventura de repente no meio do que seria uma simples mudança, o casal resolve explorar o lugar. Chihiro, contrariada, os acompanha, por medo de ficar sozinha no carro esperando por eles.

A estação os leva a um parque de diversões fantasma. Curiosos, os pais de Chihiro resolvem explorar o local e chegam a uma barraca de comida que, apesar do abandono do restante do parque, parece estar ativa, com comidas frescas e ainda quentes, prontas para serem servidas. O cheiro e a aparência das refeições instigam o casal, que começam a comer cada vez mais furiosamente tudo o que veem pela frente. Chihiro, percebendo que algo estranho se passa por ali, insiste em deixarem o parque e voltarem para seu caminho, mas é tarde demais: seus pais são transformados em dois grandes porcos.

Assustada e com medo, a garota corre, tentando encontrar a saída, quando recebe a ajuda de um misterioso garoto chamado Racco. Com ele, ela vai descobrir o que realmente acontece com aquele lugar e como sair dali sã e salva na companhia dos pais. Para isso, terá que aprender a enfrentar seus medos.

Filme de 2001, coleciona premiações: Urso de Ouro (melhor longa-metragem de animação), Oscar (melhor animação), indicação para BAFTA e César (melhor filme estrangeiro). E não é para menos. Com maestria, Hayao Miyazaki dirige uma emocionante estória extremamente típica da cultura japonesa, misturando realidade a folclore, sem perder, dessa forma, a coerência e mantendo o espectador preso à linha de pensamento do enredo, sem causar nenhum estranhamento.

Do começo ao, o enredo prende o espectador, deixando-o tenso e angustiado para saber as soluções encontradas pela heroína para as mais inusitadas situações. Cada personagem é cativante à sua maneira e é impossível não se envolver com a história. Tudo isso sem que seja possível prever o final do filme, pois os acontecimentos se constroem e se completam à medida que se avança sem, entretanto, deixar suspeitas sobre o desfecho.


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O Novo Jogo da Vida

sexta-feira, 1 de junho de 2012


O tradicional Jogo da Vida, da Estrela, ganhou uma repaginada e ficou mais moderninho. A Nebacetin, em parceria com a fábrica de brinquedos, criou uma nova versão do passatempo. Com base na realidade contemporânea, agora o jogo tem opções de personagens, como filho adotivo, mulher independente, filho de pais divorciados e casal gay. Além disso, você pode mudar o tipo do seu personagem durante o jogo, porque, como justifica a própria empresa, “as coisas mudam mesmo”.

Como parte da campanha publicitária da empresa farmacêutica, o jogo está sendo distribuído (quase) de graça: se você quiser um exemplar, a única taxa que se pede é a de envio, que gira em torno de R$25,00 (para Campinas ficou R$22,00). O jogo tem uma caixa um pouco maior que a do jogo tradicional, e vem com tabuleiro e peças idênticas ao do “mestre”. A roleta do jogo, azul escura, foi também ficou bem parecida com a do original.

A título de demonstração, eles criaram um vídeo para ilustrar a ideia do jogo. No final, é explicado como solicitar o jogo e tudo mais. O site da Nebacetin informa que as unidades são limitadas, mas por enquanto, não consta que elas já se esgotaram.


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Santa paciência

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Já precisou de suporte técnico ou serviço de assistência ao cliente? Se você já ligou uma única vez para eles, você sabe a novela que é. Não pode ser naqueles cinco minutinhos que você tira de folga do trabalho para esticar um pouco as pernas: dependendo da empresa, a conversa vai longe. Aliás, a música, na verdade, porque conversa mesmo é pouco, e isso se você tiver paciência suficiente de esperar até o final da ligação (ou se alguém não desligar alegando “convenientemente” queda da linha antes).

Mas, para não ser injusta, é preciso admitir que muitos serviços mudaram. O motivo pode ser creditado no interesse das empresas de servir bem ao cliente (ingenuidade pensar assim?) ou porque o consumidor tem sido menos “bobo” e reclamado mesmo. As redes sociais tem esse sem papel de utilidade pública: graças à elas as empresas estão se vendo obrigadas a esmerar cada vez mais o modo como tratam seus clientes.

Vou dar nome aos bois. Uma vez precisei entrar em contato com o serviço de assistência ao cliente de três empresas: Bradesco, Net Virtua e Submarino.

No Bradesco, em menos de um minuto de espera fui atendida, e dali a mais dois ou três a atendente já tinha esclarecido minha dúvida: conferiu as informações necessárias no sistema, confirmou minha solicitação e tirou minhas dúvidas. Problema resolvido.

No Net Virtua não foi muito diferente. Não me deixaram muito tempo esperando ouvindo gravação. Fui atendida por uma moça muito atenciosa e paciente – levando em consideração o caos em que se encontrava a empresa: uma pane no sistema deles causou uma lentidão em massa para boa parte dos clientes, imagino que todo mundo resolveu ligar para prestar uma queixa. Em menos de oito minutos eu tinha sido atendida, minha reclamação registrada, a solução e o prazo de resolução do problema esclarecidos. Problema resolvido.

Submarino. Tentei ligar várias vezes, e depois de mais de cinco minutos ouvindo uma gravação chiada desisti de esperar – eu estava em horário de trabalho, não posso me ausentar por tanto tempo só porque o Submarino não têm pessoal suficiente para atender o cliente. Tentei por e-mail. Mandei um e-mail numa sexta-feira, que só foi respondida no domingo à noite, com uma resposta inconclusiva. Respondi na segunda-feira seguinte pedindo mais explicações. Alterei meus dados, como tinha sido orientada anteriormente, enquanto não recebia resposta para o segundo e-mail, cuja resposta só veio no dia seguinte: outra resposta inconclusiva, que mais parecia cópia da primeira e, pior: dizendo que minha compra tinha sido cancelada. (Observação: no ato da compra eles dizem que o cliente tem até quatro dias para finalizar a compra devidamente, e só passado esse tempo é que ela é cancelada. O dia do contato, terça-feira, foi o 2º dia útil após a compra, não?)

Atendimento on-line, então, nem pensar. Toda vez que eu abro aquela pop-up só aparece a mensagem de que todos os atendentes estão ocupados e que eu devo tentar novamente mais tarde. Ou seja: exemplo de ineficiência.

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Nossas discretas autossabotagens

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Autassabotagem é o ato de, mesmo sem querer, agirmos contra nós mesmos. E, sim, todos acabam se atirando uma pedra vez ou outra. Que mulher nunca saiu de salto num dia de chuva? E que homem nunca foi com aquele sapato apertadíssimo ao casamento do melhor amigo e acabou sendo o último a sair?

Mas, vamos mais além. Às vezes somos tão rígidos conosco mesmo para não cometer erros e não falhar com os outros que acabamos por fazer justamente o que nos esforçávamos tanto para evitar. Uma falha banal com um amigo por causa de um evento externo qualquer pode nos deixar com a consciência pesando uma tonelada.

Para aliviar o peso da consciência é preciso coragem. Não é qualquer um que tem a bravura de ir atrás da verdade para esclarecer as coisas. Um evento externo acontece com qualquer um. Tem gente conhece isso melhor como acidente. Tudo bem, muda o nome, mas a cara é a mesma. O fato é que não é fácil encontrar coragem para desvendar um mal-entendido, principalmente quando sua autoestima anda meio fraquinha. Chega a parecer um esforço heroico ligar para aquele amigo e pedir desculpas por aquilo que você (acha que) fez.

Tudo fica muito melhor quando conseguimos nos imbuir de coragem suficiente e finalmente falar com os envolvidos. Então, descobrimos que, no final, não era nada do que pensamos. Tudo bem agora, posso respirar em paz então, certo? Errado! Não se esqueça que nos cobramos demais para não errar. Portanto, o foco da cobrança apenas muda: como pude ser tão tolo de dramatizar tanto assim uma coisa tão simples? E com essa pergunta vem a culpa por ter feito papel de bobo deixando que seus pensamentos neuróticos, fruto de traumas emocionais reais, te dominassem e te levassem a fantasiar coisas que nunca existiram, ou nunca foram maiores que um grão de areia.

O problema talvez seja estarmos sempre alertas. Se conseguíssemos relaxar de vez em quando perante dadas situações, nada disso aconteceria. Mas desde pequenos somos criados para fazer o “certo” e nos preocuparmos (sem nem bem saber com o que). E se temos problemas com a pobre coitada da nossa autoestima, é ainda pior, porque a “culpa” é sempre nossa, por mais que não seja.

Então alguém nos diz que precisamos estudar ou praticar esportes para nos fortalecer. Mas alguém já parou para pensar na autoestima? É difícil conhecer pessoas que realmente lembram-se dela e trabalham isso. E não é uma tarefa nada fácil: é questão de hábito, e por isso mesmo é mais difícil de resolver. Quando estamos acostumados a nos ver inferiores, é complicado encontrarmos pontos fortes em nós mesmos para reconhecer nosso próprio valor e nos apaixonarmos por nós mesmos. Nunca nos ensinam a nos amarmos, no máximo repetem isso insistentemente, sem reflexão, invariavelmente copiado de alguém ou algum lugar.


Quando sua autoestima está saudável, você não se automutila por qualquer coisa, nem culpa os outros pelos eventos externos. Esse negócio de ser uma rocha é balela, porque ninguém consegue ser tão durão assim. Mas fica muito mais difícil te ferirem mortalmente com algum mal-entendido. E sempre são mal-entendidos.

Conhecendo essa condição, a única solução possível é passar a dar mais atenção à autoestima e leva-la para uma caminhada de vez em quando: um cinema sozinho, um momento a sós conosco mesmo para ler um bom livro, nos dar um presente, nos enfeitar, qualquer coisa que nos lembre de que somos lindos, inteligentes e temos valor. É difícil, como toda mudança de hábitos, mas não é impossível. Vai a nossa inconformidade com o sofrimento causado pelo nosso autoataque e da nossa força de vontade.

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Releituras

domingo, 19 de fevereiro de 2012

É tão comum vermos obras literárias ganhando prestígio nas telonas mundo afora que quando as livrarias oportunamente começam a vendê-las enquanto o filme está em cartaz temos a estranha sensação que o livro foi transcrito às pressas para aproveitar o sucesso. Muita gente não tem o costume – ou o prazer – de ler. Às vezes isso até as motiva a folhear a história; outras vezes fica só com o cinema mesmo. O fato é que o coitado do livro – e do escritor – acaba deixado de canto, com sua existência esquecida.

Entre tantas histórias escritas que têm sido interpretadas por aí, a campeã das campeãs é o conto de fadas “A Bela e a Fera”. Diretores talentosos já trouxeram esse conto à vida de diversas formas. Seja como a peça – ou filme – com o mesmo título, seja em releituras, ele sempre volta.

As últimas releituras conhecidas desse conto foram a popular saga “Crepúsculo”, baseado na obra de Stephenie Meyers, e “A Fera”, incentivado pelo livro homônimo de Alex Flinn.

O intertexto de “Crepúsculo” é tão clara, que é quase impossível de não se notar. Do nome dos personagens até os conflitos que os movem, tudo faz perceber uma nova visão da autora sobre a história. A única característica um pouco divergente é que em “Crepúsculo” não existe o conflito do “ou muda ou perde o que se dá valor”: desde o começo Bela ama Edward incondicionalmente, sem se importar se ele é mau ou não, e sem exigir uma mudança de sua parte. Bela é a mulher conformada com o amor que seu coração fisgou. Edward é o moço bonito, com defeitos, mas ainda sim, o sonho de toda mulher. Os dois estão satisfeitos com essa situação.

Já no caso de “A Fera”, essa conflito é mais claro. O rapaz mimado e arrogante, que cresceu assim pelo exemplo que tinha em casa, tem que aprender que existem coisas muito importantes na vida, mais até do que o dinheiro e a beleza, venerados nos dias de hoje como se fossem a razão de viver de uma pessoa, enquanto coisas simples, como cultivar amizades e o amor das pessoas próximas, ficam em segundo plano – quando têm algum lugar.

Em “Crepúsculo”, Meyers foi muito feliz ao aproveitar a intertextualidade com outras obras para desenvolver a sua própria, como as lendas sobre vampiros e lobisomens. Assim, acabou agradando a todos os gostos.

“A Fera” teve o mérito de aproveitar a oportunidade para fazer uma crítica muito acertada a questões sociais características do dia de hoje, como discriminação, bullying, ganância, egoísmo e desrespeito.

As duas obras tinham como público alvo os adolescentes. Assim mesmo, viraram um fenômeno de audiência entre as crianças e os adultos. Não há como negar que ambas foram grandes criações de suas respectivas autoras e, posteriormente, de seus respectivos diretores. Essas releituras não merecem crítica negativa com relação às suas adaptações.

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A história do faraó

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Não há quem nunca tenha ouvido falar de Ramisés, o Grande, mas quem tem mais afinidade com história antiga sabe que esse foi um dos mais famosos faraós do Egito. Sua história, por tão notória, chama a atenção até hoje pela riqueza que adquiriu, pela sua habilidade com o governo e administração de todo um povo e pelos mistérios criados sobre um personagem tão pitoresco.

Para aguçar ainda mais a curiosidade, Christian Jacq, especialista em história do Egito, embarcou na criação de uma série de cinco livros sobre o jovem faraó. Seus romances tentam descrever o ambiente em que viveu Ramisés II – o terceiro de sua dinastia –, o Egito naquela época, seus costumes e traduções. Ao lado disso vêm as aventuras, intrigas e perigos que agitam a vida do personagem principal.

O primeiro livro tem o claro objetivo de apresentar tudo isso, detalhadamente: os personagens mais participativos e importantes para a história aparecem, mostram seu caráter, sua personalidade e suas intenções. O leitor é capaz, então, de começar a esboçar todo esse cenário e até interagir com a história, imaginando o que vem depois.

A trama em si é cheia de ganchos. Ramisés sempre está em perigo ou é vítima de fortes intrigas, mas a sorte sempre acaba ajudando-o. Essas situações inóspitas são manipuladas por Jacq de maneira a não deixar o leitor satisfeito e fazer com que ele só fique feliz ao descobrir o desfecho. Ainda assim, nenhuma situação simplesmente acaba; ao mesmo tempo em que uma situação é resolvida, outra já vem em seguida, quase sempre relacionada com a anterior.

Essa corrente de acontecimentos perdura por todo o tempo do livro, e não acaba no final. O primeiro livro deixa uma questão em aberto que só poderá ser resolvido no próximo livro, e assim por diante.

De maneira geral, a série Ramisés é fantástica. É excelente para aqueles que gostam de suspenses intrincados e inteligentes; é melhor ainda para amantes de história, porque trata o tempo todo de questões culturais do Egito antigo e de outras nações que interagem com ele no decorrer da história.

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Um sinal de mudança

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Finalmente, depois de muita discussão e prorrogação, a Lei da Ficha Limpa foi aprovada. Essa é uma grande vitória para o Brasil em termos de política. Se entrar mesmo em vigor e nenhum político corrupto conseguir vetá-la e adiá-la mais uma vez, será uma boa forma de o brasileiro cobrar um mínimo de ética de seus governantes.

Ética, respeito e honestidade deveriam ser características que movem todas as pessoas, em todos os cargos, por isso não menos nos políticos. É com o dinheiro da gente que eles lidam, e nem tanto com o deles; o mínimo que podem fazer para demonstrar um mínimo de gratidão pelo voto que ganharam é ser coerente com a postura que seus cargos exigem.

A Lei da Ficha Limpa representa uma vitória para o país, que terá uma chance de respirar aliviado afastando os maus políticos. Mas também é uma vitória para o povo: essa lei entrou na lista do Congresso Nacional para ser votada graças a um abaixo-assinado com mais de 1,3 milhão assinaturas de brasileiros que, cansados de serem sacaneados, exigiram uma mudança. E conseguiram. Isso é um exemplo do poder que o provo tem sobre sua legislação, e do porque é preciso ficar de olho no que os políticos fazem e cobrar suas promessas feitas no furor do momento das eleições.



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O Jogo dos 100 Erros

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Essa é para quem acha que sabe tudo sobre o português. O site Educar para Crescer elaborou um quiz para testar seus conhecimentos de língua português. São 100 questões divididas em 5 fases. Em cada questão você tem que escolher a alternativa correta. E não adianta: não acertou um mínimo suficiente de questões, não passa para a próxima fase.

Não tem apelação: nada de questões sobre as mudanças da nova ortografia. O conteúdo é puramente os erros mais comuns cometidos na nossa língua, como concordância e regência. Respondida uma questão, o jogo já diz se você acertou ou não, e mostra a explicação. Se você errar, ganha conhecimento.

E aí? Vai encarar?






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De graça, até injeção na testa?

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O tradutor e o intérprete são profissionais fantasmas na sociedade. Quando alguém precisa do serviço, procura por eles; quando sabe o preço do serviço, procura amadores e aventureiros, que rebaixam o preço de todos que se sustentam com essas profissões, cobrando trocados por um trabalho que vale dinheiro.

Essa semana, nos fóruns de tradutores, um tradutor quis fazer um levantamento do número de tradutores cadastrados efetivamente nesses sites, a pedido de uma pessoa que outros tradutores indicaram ser mais um picareta explorador de profissionais sérios. A conversa rumou para um assunto corrente: Copa do Mundo.

A discrepância entre o número de tradutores associados ao SINTRA (Sindicato Nacional dos Tradutores) e ao ABRATES (Associação Brasileira de Tradutores) e o número de pessoas associadas a esses fóruns é absurdamente alta. Em contrapartida, a profissão segue não oficializada, o que dá margem aos oportunistas para se aproveitarem do mercado para fazerem um “bico”.

Tal levantamento supôs uma curiosidade do Ministério dos Esportes, que gostaria de saber com quantos intérpretes poderá contar nos grandes eventos esportivos que virão. Porém, essa participação terá que ser voluntário, porque não existe disposição para desembolsar um centavo sequer para financiar um bom profissional.

Vários são os casos conhecidos de empresas que tentaram economizar com oportunistas e acabaram se dando mal, manchando sua imagem ou tendo que desembolsar mais dinheiro para que um profissional consertasse os estragos feitos pelo primeiro. Um exemplo recente aconteceu na França, na apresentação oficial do jogador brasileiro Maxwell no Paris Saint-Germain, ao lado do ex-jogador brasileiro Leonardo. A economia com um intérprete inexperiente gerou constrangimento tanto para o pobre coitado, quanto para o time francês.

Uma enorme quantia de dinheiro foi destinada aos grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil no próximo ano, faz parte de uma boa administração desse montante destinar uma parte ao pessoal envolvido no bom andamento deles. Tradutores e intérpretes serão profissionais indispensáveis e deveriam estar incluídos nessa conta - e não na lista de "lugares onde se poderá economizar". E férias extras nas ilhas Cayman para políticos que já ganham dinheiro suficiente para isso com certeza não deve estar incluso nesse orçamento.

Imagine a seguinte situação: você precisa de um pedreiro para construir sua casa. Mas um pedreiro que trabalha há anos na área cobra muito caro. Então você paga bem mais barato para uma pessoa qualquer fazer o serviço, porque ela só está interessada num incremento de renda. Essa pessoa, sem experiência, vai construir um castelo de cartas para você, sem nenhuma garantia que o teto despenque sobre sua cabeça enquanto estiver dormindo. Adiantou a economia? É mais ou menos assim que o mercado brasileiro trabalha com tradutores e intérpretes.

Para ler mais sobre essa assunto, leia o artigo Novas Profissões.

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Foto de calendário

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Doze cachorros sem raça definida, os famosos vira-latas (ou como eu prefiro chamar, “multiraças”) terão seus 15 minutos de fama. A ONG Grupo de Apoio Voluntário aos Animais Abandonados (GAVAA) confeccionou um calendário anual com fotos de mascotes esperando por adoção no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campinas.
O projeto, intitulado “Oh My Dog”, faz parte de uma campanha fruto da parceria da ONG, do município de Campinas e da loja multimarcas 11.16. A campanha contou com a participação voluntária de doze fotógrafos profissionais

O objetivo da campanha é incentivar a adoção consciente de animais abandonados. A renda da venda dos calendários será revertida inteiramente para a ONG, que realiza projetos em prol dos animais.

O lançamento do calendário acontecerá hoje, às 17 horas, na R. Emílio Ribas, 1058, Cambuí.

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Sobre Pensamentos Avulsos...

Pensamentos Avulsos são divagações e outras bobagens que saem da cabeça insana dessa que vos escreve. Espaço livre para meu bel prazer de escrever e expor de alguma forma minhas idéias. Como blogueira, eu gosto de comentários; como escritora, eu preciso de críticas. Ambos me servem como uma espécie de termômetro de qualidade para a minha produção. Portanto, por gentileza, colabore. :-)

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