Você é machista?

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Esse assunto já foi tratado neste blog em outra oportunidade (se quiser refrescar a memória, leia o post "Tempestade em copo d'água (?)"). Parece um tanto quanto desnecessário, mas mal não fará repetir algumas informações. Segundo o dicionário Michaelis:


ma.chis.mo
sm (macho+ismo) 1 Atitude ou comportamento de quem não admite a igualdade de direitos para o homem e a mulher, sendo, pois, contrário ao feminismo. 2 pop Qualidade, ação ou modos de macho; macheza, machidão.


Essa é uma das palavras daquela lista de palavras mal interpretadas que eu venho prometendo desde sempre (eu não esqueci ainda, não, só preciso colocar no "papel"!). 90% das pessoas, quando bate o olho nessa palavra, só pensa em homens que sonham com Amélias e acham um absurdo mulher trabalhar em outro lugar que não seja sua própria casa, limpando, cozinhando e cuidando de criança. Mas quem é que não conhece uma mulher que acha que é obrigação óbvia do homem pagar toda e qualquer despesa que o casal tenha? Ou mesmo que a tarefa de cuidar do lar e da educação dos filhos seja mesmo em maior parte dela? Acha que isso é romântico? Pois eu acredito que trate-se mais de um mal entendido com romantismo, que definitivamente não é sinônimo de "ser otário". O engraçado é que é muito difícil uma mulher não se declarar uma feminista, ou ao menos uma não-machista. Por algum motivo, na cabeça do povo esse adjetivo ficou automaticamente relacionado aos seres do sexo masculino - mas só na teoria.

E pra provar essa teoria, o protal UOL Estilo elaborou um teste para saber se você, leitora, é ou não é machista. O que você acha? Faça o teste! É, no mínimo, interessante. Segue o link:

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A natureza das pessoas

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Existem basicamente três tipos de pessoas: as gêiseres, as vulcões e as rios. E a linha que as divide nem é tão drástica assim. Veja bem, para tomar apenas um aspecto para essa análise, ninguém - por mais que tenha recebido um treinamento rigoroso em hermos templos budistas - gosta de desaforos. Ninguém é tão calmo assim, por melhor que represente. Pode até ser que a pessoa não diga nada, mas no fundo no fundo - bem la no fundo - tem uma vozinha que fica indignada.

Pois bem, vejamos as pessoas gêiseres. São aquelas pessoas que sempre levam a fama de "estouradas". Muitas vezes elas não são más, mas a sociedade realmente as corrompe. É só um desgraçado fechá-lo no trânsito ou um folgado furar fila na sua frente e pronto, está armado o barraco. As gêiseres vão xingar, vão amaldiçoar, vão rogar praga para até a quinta geração do infeliz. Mas toda essa turbulência dura apenas alguns minutos; passado o momento dos impropérios, a raiva e a periculosidade dessa pessoa vão com eles. Até o próximo desgraçado ou folgado aparecer. De qualquer forma, o problema fica resolvido ali, na hora, sem levar roupa suja pra lavar dali a algum tempo.

Já os vulcões não tem essa sorte. Por educação ou por estarem em períodos de aparente tranquilidade, quando alguém irrita um vulcão, ele deixa aquela desafença bem guardada, lá no fundo. Os desgraçados e folgados de plantão nem se dão conta do pecado que cometeram, porque o vulcão é incapaz de indicar isso no momento em que acontece. Mas vulcão que é vulcão uma hora entra em erupção. O acumulo de "detritos" o faz transbordar de uma só vez. Aí, sai de perto: o vulcão faz um tsunami numa xícara de café por questões mínimas, que não mereciam nem um segundo de atenção e poderiam muito bem passar batidas. As pessoas vulcões são aquelas que mais admiram as pessoas, de que se ouve acusações incalculadas do tipo "era uma moça tão calminha, de repente se tornou rebelde de tudo!" ou "não sei o que aconteceu com ele, todo mundo gostava tanto dele, era tão bonzinho; agora, sem motivo algum, é tão grosso!". Tudo é uma questão de má interpretação (ou falta de auto-crítica de quem vê as coisas dessa forma). "Não sei o que aconteceu" e "sem motivo algum" são os bordões mais comuns dos desgraçados e folgados.

E por fim, temos as pessoas rios. Essas, sim, já têm uma mansão chiquérrima com jardins floridos, fontes com esculturas jorrando água e pscinas olímpicas esperando por elas no céu. Elas são aquelas pessoas que eu disse no começo que não é possível que não se aborreçam de verdade, nem que seja só um pouquinho, com desaforos. Mas isso é uma coisa que ninguém jamais ficará sabendo. Por mais que desafetos as incomode, elas têm simplesmente o dom de relevar. Quando jogam esse tipo de lixo em seus leitos, a atitude delas é única: deixam que as águas levem tudo embora - sabe-se lá pra onde. Nada fica retido no fundo de seus dutos ou em sua margens; não sobra nada. E, assim, elas levam a vida, tranquilamente, seguindo seus fluxos de águas claras e cristalinas.

Se formos contabilizar, acho que rios estão cada vez mais escassos no mundo. Por outro lado, a cada dia, mais e mais vulcões aparecem por aí, competindo acirradamente o primeiro lugar com gêiseres. Eu, sinceramente, não condeno o estilo de vida desses dois, mas os vulcões costumam ter uma saúde um pouquinho pior. E também, mudar de natureza não é tão fácil assim; ser rio não é tão simples quanto parece, não é pra qualquer um, não. Quem é rio, já nasceu predestinado a isso. Quem é gêiser ou vulcão, se também não nasceu com o dom da força de vontade, fica só sonhando com a vida boa que leva os rios.


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Sobre Pensamentos Avulsos...

Pensamentos Avulsos são divagações e outras bobagens que saem da cabeça insana dessa que vos escreve. Espaço livre para meu bel prazer de escrever e expor de alguma forma minhas idéias. Como blogueira, eu gosto de comentários; como escritora, eu preciso de críticas. Ambos me servem como uma espécie de termômetro de qualidade para a minha produção. Portanto, por gentileza, colabore. :-)

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