Palavrinha difícil

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que mantém um relacionamento (de qualquer tipo)? Afinidade? Paciência? Tolerância? Amor? Essas não passam de características de um alicerce ainda mais forte: o respeito.

Respeito é uma palavra difícil de se definir. Não tem nada a ver com medo, como pregam os valentões; isso é certo. Trata-se de um pouco de empatia. Tudo bem que eu não goste das mesmas coisas que o outro, mas me coloco no lugar dele na medida do possível e tento entender porque é tão importante assim para ele.

Toda e qualquer relação precisa de respeito para existir. A partir do momento em que você é obrigado (ou faz isso por vontade própria) a conviver com alguém, se não houver respeito a relação não vai durar. Seja ela um simples convívio no ambiente de trabalho, uma amizade ou algo ainda mais profundo.

Por anos (e ouso dizer que isso ainda acontece nos dias de hoje) casais se uniram por respeito, e muitas vezes, passados anos de convivência, se amaram perdidamente, de forma mais sincera do que muitos que se apaixonaram à primeira vista. Porque aprenderam a se amar. Era assim no passado: se unir com quem se amava era um luxo para pouquíssimos, história rara, quase uma lenda. E hoje em dia, que tem-se essa liberdade, a frequência com que casas que viveram jurando amor um ao outro e uniram-se por essa razão se separam é cada vez maior - o suficiente para mudar leis para que divórcios sejam concedidos mais rapidamente.

Para fazer uso de uma metáfora, o respeito em um relacionamento é como os pneus de um carro: se eles estão em ordem, o automóvel anda bem, sem nenhum problema; por outro lado, se furarem ou estiverem gastos, colocam o carro sob séria ameaça: pode derrapar, provocar um acidente. Pode até não andar para frente.

Quando acaba o respeito em um relacionamento, é o fim. É melhor cada um ir para um lado, antes que aconteça algum acidente. Porque, enquanto o pneu pode ser trocado, tudo bem. Mas quando não é mais possível, um acidente se torna cada vez mais inevitável - e as consequências podem ser irreversíveis.


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O valor da reclamação

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Maldizem aqueles que reclamam muito, chamando-nos de rabugento. Claro que reclamação em excesso muitas vezes é sinônimo de rabugisse mesmo. Dá rugas, gastrite nervosa, envelhece mais rapidamente. Tudo isso é verdade. Mas muitas vezes, a falta de reclamação também é patológico. Ou isso, ou o dito popular "quem não chora, não mama" é a maior farça da história.

Criou-se uma cultura no Brasil de não reclamar, de "deixar quieto". Isso é o pensamento mais errado que alguém pode ter. Porque, graças a essa atitude passiva (e não passífica, veja bem), muitas empresas tentam se aproveitar da ignorância dos consumidores.

Se você se sentiu ofendido pelo meu uso da palavra ignorância, analise seu significado:

ignorância
ig.no.rân.cia
sf (lat ignorantia) 1 Estado de quem é ignorante. 2 Desconhecimento. 3 Falta de instrução, falta de saber. 4 Imperícia, incapacidade. Var: ignoração.

Fonte: Michaelis

Pois é ao terceiro significado que me refiro. A falta de informação é uma armadilha para o consumidor, que muitas vezes acaba refém das empresas por sua inocência.

Ilustrarei com exemplo pessoal.

Eu sabia que havia uma grande chance de que a banda System of a Down desse uma passadinha pelo estado de São Paulo, para aproveitar a viagem do Rock in Rio, só não sabia quando - mas estava atenta.

Só me passou despercebido que a data finalmente foi marcada, e os ingressos começariam a ser vendidos no 11 de julho. No dia seguinte, quando fiquei sabendo, imediatamente fui ao site do LivePass, a empresa que está comercializando os ingressos do show. E, obviamente, tive um susto quando vi que não havia possibilidade de se comprar entrada pela metade do preço, direito garantido a estudantes (meu caso). Tentei entrar em contato com a empresa por telefone, mas ninguém me atendeu. Por isso, só me restava o e-mail. Enviem uma mensagem para eles, pedindo informações e instruções sobre o caso.

Eles responderam meu e-mail algumas horas depois, mas não foi nada animador. Segundo eles, a empresa limitava a venda de "meias-entradas" a 30% do total, e que isso era garantido pela lei municipal (não informou de qual município) nº 13.175/2004. Confesso, desisti na hora, fiquei triste por ter que perder a oportunidade.

Mas hoje, terceiro dia consecutivo dessa saga, alguma coisa me cutucava para eu me informar mais a respeito. E, como todo bom ser vivente quando tem uma dúvida, procurei o guru: fui ao Google. E virei a internet do avesso literalmente e não achei a lei que a LivePass me informou. Por outro lado, encontrei a lei 2.208/01, que fala justamente sobre direito dos estudantes de pagarem meia entrada em qualquer tipo de evento cultural (o que inclui shows de rock), sem mensão alguma a limites ou cotas para tais. E, como já havia desistido de pesquisar a lei sugerida pela empresa, respondi o e-mail pedindo que eles me enviassem a tal lei, e falando sobre a lei que eu tinha descoberto. Então, a mesma coceira que me deu para fazer toda essa pesquisa, também me insentivou a verificar o site da Livepass 1 hora mais tarde. E não foi sem espanto que eu vi que eles tinham liberado novamente a venda de entradas pela metade do preço para estudantes. E não recebe nenhuma resposta da Livepass para o meu segundo e-mail.

Coincidência?

Graças a esse "mal entendido", cheguei ao site Reclame Aqui. Já tinha ouvido falar, mas nunca tinha usado. É um site onde as pessoas se cadastram e podem fazer reclamações sobre experiências que tiveram ou estão tendo com as empresas. As empresas também podem respoder, se defendendo. Quando eu fui registrar minha reclamação em relação à Livepass, vi que eu cheguei tarde, porque já tinha várias páginas de reclamações lá - inclusive, muitas delas eram sobre essa limitação para pagamento de meia entrada para estudantes.

Proponho aqui uma campanha: fim do "deixa quieto". Não digo com isso que sou a favor de barraco e baixaria. Muito pelo contrário: uma coisa é reclamar, simplesmente querendo se dar bem; outra é reclamar com propriedade, porque você tem direito. Essa é uma campanha difícil de ser implantada, mas precisa começar com urgência, se não continuaremos reféns de empresas que apostam na ignorância (e passividade) dos clientes.

Obs: Até o fim desta postagem, o site da LivePass só havia liberado a venda de meia entrada para a pista; a pista premium continua apenas com a opção de entrada inteira.


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Você tem tudo o que quer!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Essa frase, junto com "faço tudo por você", é a mais enganosa do mundo - e não para quem as ouve, mas apenas para as pessoas que a profere. Normalmente, quem tem a pretenção de afirmar tão categoricamente que o outro tem tudo não tem capacidade de parar para tirar a prova real. Ou talvez tenha medo de tirá-la e descobrir que, de fato, está se enganando. Parece mais um daqueles truques de auto-proteção da mente, que cria a imagem que se quer ver, para que a pessoa não veja a realidade do jeito que ela é de fato. Pergunte a qualquer psicólogo se não acredita que isso exista.

Ah, e não posso deixar de mensionar aqueles que gostam de repetir "eu conheço você!". Eles também não conhecem nem uma mínima parte da pessoa que eles juram conhecer. Veja bem, ninguém "se conhecde" 100%, porque raios alguém mais conheceria você mais do que você mesmo?

O que essas pessoas não sabem é que, na verdade, estão sendo egoístas. Porque, ao invés de mostrar ao outro o que está sendo feito para ele, elas estão ignorando-o totalmente, atropelando seus sentimentos e sua opinião. Mas parece que todo mundo tem essa ambição por ser Deus, ou seja, onipresente. Todo mundo jura que conhece o outro.

Talez seja esse o problema. Talvez - só talvez - se as pessoas se preocupassem menos em afirmar que conhecem "muito bem" o outro, teriam mais tempo para tentar entender o outro. Porque, afinal, tem muito mais valor a compreensão do que o conhecimento. Saber por saber, sem entender de verdade, é o mesmo que não saber nada.

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Devaneios

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Olhos cansados
Tantas agústias
Quem teria respostas
Para minhas perguntas?


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Sobre Pensamentos Avulsos...

Pensamentos Avulsos são divagações e outras bobagens que saem da cabeça insana dessa que vos escreve. Espaço livre para meu bel prazer de escrever e expor de alguma forma minhas idéias. Como blogueira, eu gosto de comentários; como escritora, eu preciso de críticas. Ambos me servem como uma espécie de termômetro de qualidade para a minha produção. Portanto, por gentileza, colabore. :-)

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