Círculo de Fogo
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Para quem gosta de filmes de ação e ficou encantado com a tecnologia 3D, esse é um excelente filme. Parece, aliás, que o único foco do filme era esse. O enredo fraco e inconsistente é completamente ofuscado pela demonstração de destreza em trabalhar com técnicas de efeitos especiais e configuração 3D para uma película.
Em Círculo de Fogo, seres monstruosos, os Kaijus, começam a surgir das profundezas do oceano, ameaçando a sobrevivência humana. Para combatê-los, os humanos desenvolvem robô gigantes, os Jaegers, que são controlados por duas pessoas altamente capacitadas para a missão. No entanto, os monstros evoluem e os grandes Jaegers começam a ficar obsoletos diante da ameaça. Um general do exército, responsável por essa missão, resolve então apostar em um robô aposentado e, por tanto, obsoleto, e em seu antigo piloto.
Várias lutas são travadas no mar entre esses monstros e os grandes robôs, algo bem parecido com as batalhas entre monstros de Rita Repulsa e Megazords (lembrando que nos Power Rangers a ideia era a mesma: um robô gigante pilotado por pessoas contra um monstro enorme ameaçando o planeta). Em uma dessas cena de briga de monstro contra robô gigante aparece um helicóptero passando na frente dos gigantes por alguns segundos, imitando a clássica cena de King Kong no alto do prédio. É uma cena totalmente dispensável, que não acrescenta absolutamente nada à história, e que está lá apenas para lembrar ao espectador que o filme é 3D.
Uma das inconsistências mais gritantes do filme é a mudança radical de personalidade do personagem bad boy: inicialmente ele é aquele personagem que se acha o principal da missão e que sem ele a derrota era evidente. Sendo assim, não é difícil entender que é um personagem difícil, antipático e que não faz amizades muito facilmente, a não ser por interesse. De repente, na metade do filme, sua personalidade muda drasticamente, sem nenhuma transição aparente que justificasse a mudança, e ele termina como o bom moço, o herói que dá sua vida para salvar o mundo. Houve até um motivo que o fizesse mudar de posição, mas não houve tempo suficiente para a concretização dessa mudança no filme. O desenvolvimento do enredo foi tão acelerado que mudanças de opinião, postura e caráter aconteceram de foram muito repentina, como em um passe de mágica, o que conferiu um ar não natural à história.
E eis que, entre tantas releituras, ressuscitaram o Hellboy! Ron Pearlman interpreta um personagem com umHannibal Chau, um trambiqueiro multimilionário, branco feito papel e bem menos musculoso. Sua fortuna é fruto de um mercado negro encabeçado por ele que é alimentado por órgãos de Kaijus roubados do governo. Ainda assim, ele é um dos personagens mais interessantes do filme.
estilo muito parecido ao herói dos quadrinhos. Agora ele é
Círculo de Fogo é um filme de ação razoável, mas não passa disso. Agrada a quem gosta de efeitos especiais, mas não satisfaz quem acha que o enredo é parte importante em uma película. São bons elementos sem uma liga muito consistente.
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