Timidez e outras características

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Algumas características pessoais marcam a personalidade das pessoas. Alguns são extrovertidos, outros, mais introvertidos. Timidez, insegurança e ansiedade são características que geralmente andam de mãos dadas. Diferente do que se pensa, essas três características nem sempre são um defeito; muitas vezes são só jeitos de ser, ou até, em um certo nível, mecanismos de defesa. E tem gente que não entende muito bem isso.

Existe um mito corrente de que todo tímido é necessariamente introvertido. Essa é uma história bem fácil de ser desmentida. Um tímido extrovertido parece ser a pessoa mais desenvolta do mundo, quando, na verdade, o que ele faz é enganar muito bem a todos, escondendo relativamente bem os sinais de sua ansiedade. Aquele que fala ao público com naturalidade e brinca o tempo todo dificilmente deixa transparecer o martelar intenso que acontece dentro de seu peito e os escandalosos pensamentos fervilhantes que se atropelam em sua mente para roubarem a cena em sua expressão. Aqueles que se passam por extrovertidos, quando na verdade são supertímidos, só aprenderam a conviver com essa característica.

A timidez é uma característica como outra qualquer, que no conjunto de tantas outras, compõe a exclusividade que uma pessoa representa. O problema começa quando ela atinge proporções relativamente grandes, quando ela se torna incapacitante. A timidez impede por vezes que se tomem atitudes. Em alguns casos, isso chega até a ser uma questão de autopreservação: assim como o medo ou a dor, a timidez preserva o tímido de situações embaraçosas. Por timidez você deixa de fazer algo, mas depois, quando tem a oportunidade de olhar por uma outra perspectiva, percebe que, no fim, foi até bom não ter feito aquilo, que um possível arrependimento foi evitado. Em outras ocasiões, a timidez faz com que nos arrependamos justamente por não termos tomado uma atitude, por não termos feito nada quando tivemos a oportunidade. Deixamos de fazer coisas, não participamos, não experimentamos, não vivemos. Interrompemos o curso de um suposto destino (para aqueles que acreditam nisso) por timidez e insegurança.

Há várias formas de se reconhecer e tratar a timidez. Todas elas, no entanto acabam no mesmo ponto comum: o autoconhecimento. Ao nos conhecermos a nós mesmos, temos a oportunidade de medir com maior precisão até que ponto a timidez é patológica ou não. O autoconhecimento também é uma excelente ferramenta para reconhecermos se estamos satisfeitos ou não com essa nossa característica tão particular, que nos torna quem somos. E se estamos satisfeitos com quem somos, fica mais difícil ceder à imensa pressão daqueles que não são tímidos e não entendem nada do assunto.

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