100 Happy Days – O Resultado
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
100 dias felizes. Proposta
mirabolante? Otimista demais? Autopiedade? Ou sem propósito algum? Seja lá o
que for, achei interessante e resolvi testar.
Dia 2: Comida japonesa é sempre motivo de felicidade |
Comecei o desafio #100happydays no
dia 13 de maio.
No início, estava bem animada, e não tive dificuldade de encontrar a primeira
foto. A ideia era tirar uma foto de algum momento que tivesse feito o seu dia
mais feliz. Valia qualquer coisa, desde um presente até o trecho de um poema
encontrado ao acaso. Em alguns dias foi até difícil dizer qual momento, de
tantos, melhor representava o que tinha me tirado um sorriso.
Várias coisas foram muito legais
nesse desafio. O primeiro, claro, fazer um esforço para realmente enxergar o
que aconteceu de bom no dia. Dos 100 dias, eu tirei mais de fotos. O restante
foi preenchido por imagens encontradas na Internet ou fornecidas pelo
Foursquare. E aí entra a segunda parte da diversão: pensar em qual seria a
melhor imagem para descrever o momento feliz do dia. Em alguns, essa foi uma
tarefa difícil de realizar – ainda mais para uma libriana, indecisa por natureza.
A terceira parte era a melhor, na minha opinião: criar uma legenda criativa
para apresentar o seu momento feliz. Para quem é apaixonada pelas palavras,
como eu, foi mamão com açúcar.
Dia 13: História antes de dormir |
Mas como todo bom ser humano que
se preze, houve “dias de fúria”. Esses são os dias em que a gente acorda de mau
humor com a vida, ou deprimido demais até mesmo para sair da cama. Quem não tem
um desses? E aí o desafio se mostrou ainda mais pertinente: encontrar um brilho
num dia cinza era algo que acalmava a alma e deixava o clima mais leve. Dificilmente
o péssimo humor perdurava depois de registrado o #100happydays do dia.
Há pesquisas que dizem que se você repete uma tarefa por 21 dias, ela se torna um hábito.
Com o desafio dos 100 Happy Days você realiza esse “ritual” mais de 4,5 vezes.
Logo, é praticamente impossível que não vire um hábito. E semanas depois de
terminado o meu desafio, eu percebo como ele fez uma diferença efetiva em minha
rotina. É engraçad
o você se pegar de repente pensando que isso ou aquilo renderia uma boa foto para o 100 Happy Days se você ainda estivesse participando do desafio.
Dia 52: Se dar melhor quando tentam passar a perna na gente |
Muita gente não entendeu bem a
ideia da coisa e achou deprimente. Na onda dos desafios, muitos outros vieram,
e mais gente que não entendeu a ideia da coisa veio. E a conclusão que eu tiro
disso é que todo mundo gosta de dar a sua opinião – e se for contrária, dá
muito mais prazer. O ditado mais coerente surgido no mundo virtual é aquele que
diz “haters will hate” (odiadores odiarão). É a vida: eles não são capazes de
dar mais do que isso de qualquer forma. Mas, graças a eles, o desafia dos 100
Happy Days ganhou mais uma vantagem: o desenvolvimento da disciplina necessária
para ignorar comentários ignorantes (entenda-se por ignorante “aquele que ignora a informação ou que não tem o
conhecimento sobre determinado assunto”).
Recompilar as fotos foi ainda
mais divertido. Cada foto me fez lembrar a situação em que o momento feliz
aconteceu e o que o ocasionou. E cada foto revivida me tirou um novo sorriso.
Momentos especiais que tornam o
nosso dia mais iluminado acontecem todos os dias. A correria do dia a dia, o
excesso de preocupações e responsabilidades, o pessimismo, a falta de
introspecção, entre tantas outras barreiras, nos colocam uma venda nos olhos
que nos impedem de ver coisas simples que nos deram generosamente sombra e água
fresca, mesmo que apenas por alguns minutos em um dia do cão. Se policiar para
encontrar esses oásis dia após dia faz com que nossa atitude mude e consigamos
levar a vida com mais tranquilidade. Acho que esse é um esforço que deveria ser
feito por todos, se não por ideologia, por uma questão de saúde física e
mental. E porque é bem divertido.
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