Criança tem o direito de ser criança – e ponto
domingo, 21 de outubro de 2012
Que a mídia e a sociedade em geral exerce uma forte pressão em diversos aspectos sobre todas as pessoas, já se sabe. E isso é um fato tão corriqueiro que passa despercebido. São inúmeras as marcas que hoje produzem roupas de adultos para crianças, como roupas decotadas, saltos altíssimos e cosméticos, entre tantos outros produtos, para crianças. De certa forma, sem perceber, as crianças estão brincando de ser adultas, e esquecendo-se de aproveitar uma fase deliciosa e importantíssima da vida: a infância.
Diversos médicos já vieram à mídia alertar pais para os perigos para o desenvolvimento físico de uma criança que usa saltos. Inúmeros outros lembraram os riscos que produtos químicos (como maquiagem e tintura para cabelo) para os pequenos. Isso para não falar do absurdo de se expor uma criança ao risco de um assalto pelo celular de última geração que ela recebeu de presente no Dia das Crianças (na minha época, o mais eletrônico que a gente desejava de Natal era um Pense Bem).
Saindo do campo dos produtos, vem o das pressões psicológicas: uma criança não pode ser um pouco mais gordinha que a outra. Se não fizer cursos extracurriculares (idiomas, esportes, etc), está atrasada para o mundo capitalista. Mas se for muito estudiosa, aí é um nerd, e sofre bullying. É, está cada vez mais estressante ser criança.
![](http://tecle.net/wp-content/uploads/2011/06/infancia1.jpg)
Infelizmente a campanha não chegou em terras tupiniquins, pelo menos por enquanto. E está fazendo falta. O problema é que brigar com empresa grande é o mesmo que pescar tubarões na unha. Mas enquanto os pais também não fizerem sua parte na proteção de seus próprios filhos contra os excessos que a mídia quer nos empurrar goela abaixo, pouco (ou nada) mudará.
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